Milho

Santa Maria: colheita do milho alcança 33% e a perda é superior a 70%

A colheita do milho avançou no Rio Grande do Sul e os rendimentos confirmam as estimativas de perdas decorrentes da estiagem iniciada na primavera.

Com a manutenção de condições ambientais mais favoráveis na metade leste do Rio Grande do Sul, as lavouras de milho semeadas mais recentemente, apresentaram um bom estabelecimento inicial e desenvolvimento mais uniforme. Nas lavouras implantadas até a metade do período indicado no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), avançou a colheita, alcançando 54% da área total cultivada.

O plantio da cultura chega a 99% da área total estimada, da qual restam ainda 19% fase em maturação, 13% em enchimento de grãos, 8% em floração e 6% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A perda de produtividade, nesses primeiros cultivos, é bastante elevada e consolida a redução de 53% em relação a projetada inicialmente. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (17) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

Regionais

A colheita avançou e os rendimentos confirmam as estimativas de perdas decorrentes da estiagem iniciada na primavera. Em São Borja, a produtividade nas lavouras irrigadas varia de 120 a 130 sacos por hectare e é três vezes superior as não irrigadas, que rendem apenas 40 sacos por hectare

Na regional de Caxias do Sul, as lavouras semeadas no início da recomendação do ZARC, em setembro, estão em colheita apresentando rendimento muito variável, entre 20 e 100 sacos por hectare. A tendência é diminuir ainda mais para cultivos implantados em outubro.

Na de Erechim, 45% das lavouras foram colhidas. A produtividade inicial esperada era de 150 sacos por hectare e a obtida 60 sacos. As perdas são de 60%, materializando os efeitos da falta de água durante o ciclo da cultura.

Na de Santa Rosa, 87% das lavouras foram colhidas. A produtividade média inicial era pouco superior a 140 sacos por hectare, considerando a média entre lavouras irrigadas e de sequeiro. A obtida é de 77 sacos, representando 47% de redução. As lavouras semeadas recentemente representam 11% dos cultivos e estão em desenvolvimento vegetativo. Parte das lavouras, onde se repete a falta de umidade, apresentou problemas de falhas na germinação e emergência, diminuindo a população ideal de plantas e afetando o potencial produtivo. Nas áreas com maiores problemas, é possível que os agricultores optem por eliminar o cultivo e implantar outras alternativas, como aveia branca.

Na regional de Frederico Westphalen, 85% da cultura foi colhida e confirma a redução de 65% na produtividade inicial. Em Santa Maria, a colheita alcança 33% e a perda é superior a 70% da estimativa inicial. A presença da cigarrinha do milho tem sido percebida, exigindo monitoramento e controle pelos produtores.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço médio da saca de milho passou de R$ 94,93 para R$ 94,03, decrescendo -0,95%.