Agronegócio

Sul: ainda com chuvas irregulares e de baixa intensidade

O tempo aberto sem mantém durante o fim de semana em grande parte da região sul do Brasil.

A semana vai terminando com tempo aberto e sem previsões de chuvas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, no sul do Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina. “Não há nem pelo modelo climático americano e nem pelo modelo europeu, sinais de chuvas”, informa o agrometereologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos.

O tempo aberto sem mantém durante o fim de semana em grande parte da região sul do Brasil. “Apenas há uma possibilidade de que algumas áreas de instabilidade se formem sobre o extremo leste de Santa Catarina e no extremo leste e em algumas áreas muito ao norte do Paraná; no entanto, essas chuvas que o modelo americano está prevendo serão, caso venham a ocorrer, de forma muito irregular e de baixíssima intensidade. Sendo assim, nada que possa trazer certo alívio aos produtores”, explica.

Próxima semana

Na segunda-feira (21) estão previstas algumas áreas de instabilidades associadas a uma frente fria na Argentina. “Esse sistema começa a levar chuvas irregulares para algumas áreas produtoras da Argentina e Paraguai; mas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, no entanto, essas chuvas vêm perdendo forças”, ressalta o agrometereologista.

Dessa maneira, a tendência para a próxima semana é ainda de chuvas irregulares e de baixa intensidade. Ou seja, “muito aquém do que deveria ser para elevar os níveis de umidade no solo. E na melhor das hipóteses, ainda uma condição razoável ao desenvolvimento das lavouras”, frisa.

Contudo, “as condições das lavouras devem ficar ainda mais complicadas, visto que, só há previsões do retorno das chuvas mais generalizadas e até em volumes um pouco melhores na virada do mês; ou seja, daqui 10 dias”, alerta Santos.

Sistemas perdem força

Assim como os modelos sinalizavam boas para o dia 21 e 22, essas chuvas generalizadas previstas para a virada do mês também podem não ocorrer. “Isso porque a La Niña ainda está ativa e o Atlântico não quer se aquecer, e esses dois fatores juntos tiram completamente a pressão de chuvas da região Sul; chover vai, porém sempre de forma irregular”, explica.

Todavia, a La niña só deve perder forças no final do verão e início do outono. “Portanto, as condições ao desenvolvimento das lavouras tanto de soja no Rio Grande do Sul e de milho do sul do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Paraguai correm sério risco de terem perdas ainda mais significativas em seus potenciais produtivos”, finaliza Santos.