Em fevereiro a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu novamente a produção de primeira safra do grão, em fase de colheita no país. Contudo, a expectativa de colheita é de 24,4 milhões de toneladas de milho primeira safra, produção 1,4% menor que o previsto em janeiro. Até meados de fevereiro (12) a colheita da primeira safra atingiu 17,5% da área prevista.
“O bom ritmo da colheita da soja no Brasil tem colaborado com o plantio da segunda safra de milho, que atingiu 35,1% da área esperada nesse período; avanço de 24,9 pontos frente ao mesmo período na safra passada”, informa o analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri.
No entanto, a produção da segunda safra segue com expectativa positiva. “Em fevereiro a produção está estimada em 86,0 milhões de toneladas. Para a produção total em 2021/22 (1ª, 2ª e 3ª safra) está estimada em 112,3 milhões de toneladas”, ressalta.
Além disso, o aumento do preço do cereal para exportação em dólares também colabora com o cenário firme para as cotações. “Até a segunda semana de fevereiro foram embarcadas diariamente 42,58 mil toneladas de milho, volume 1,3% menor frente a média diária em fevereiro/21; mas com preços 22,1% maiores, de acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)”, frisa o analista de mercado.
Preços do milho
De acordo com levantamento da Scot Consultoria, em Campinas-SP, o preço do milho está em R$100,00 por saca de 60 quilos (17), recuo de 2,5% no acumulado de fevereiro; “puxado pelo câmbio e maior relativo aumento na disponibilidade no mercado, mas, ainda assim, a cotação acumula alta de 7,5% em 2022”, informa.
Desse modo, “para o curto e médio prazos, os estoques de passagem enxutos, a menor produção de milho primeira safra e tensões entre Ucrânia e Rússia, deverão manter as cotações do milho no mercado brasileiro firmes”, finaliza Fabbri.