No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu em 15 milhões de toneladas as expectativas para a safra 2021/22 da oleaginosa; dessa forma, puxada pelos estados do Sul, é estimada atualmente em 125,5 milhões de toneladas, queda de 10,7% frente ao relatório anterior, reduzida em 13,4 milhões.
“A colheita brasileira até meados de fevereiro chegou a 25% da área prevista, 8,2 pontos à frente da safra 2020/21. A colheita no Mato Grosso já soma 60,5% da área, 13,8 pontos à frente da safra 2020/21”, informa o analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri.
Contudo as produções na Argentina e no Paraguai também sofreram com o clima. “As produções para a safra 2021/22 são estimadas em 45,0 e 6,3 milhões de toneladas em fevereiro; queda de 1,5 e 2,2 milhões frente as expectativas de janeiro”, explica o analista de mercado. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Com relação aos preços, “no porto de Paranaguá-PR, os negócios chegaram a R$198,00/saca ao longo da primeira quinzena; perdendo força com o dólar e avanço da colheita, negociada, hoje (17) a R$194,00/saca. No acumulado de fevereiro, a oleaginosa acumula alta de 2,1%”, ressalta.
Todavia, para o curto prazo, “apesar do câmbio mais baixo e avanço da colheita, a quebra de produção na América do Sul e demanda firme mantém o viés de alta para as cotações no Brasil”, finaliza Fabbri.