Epagri/Cepa projeta safra de maçã 28% maior em Santa Catarina

Essas informações foram divulgadas pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) nesta segunda-feira, 29, com as primeiras estimativas para a safra de verão 2025/26 no Estado

A produção de maçãs em Santa Catarina para a próxima safra deve alcançar 615 mil toneladas, representando um crescimento de 28% em relação ao ano anterior. Apesar de uma leve redução de 0,3% na área cultivada, a produtividade média deve aumentar 28,4%, chegando a 35,7 mil kg/ha. Essas informações foram divulgadas pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) nesta segunda-feira, 29, com as primeiras estimativas para a safra de verão 2025/26 no Estado.

A variedade Fuji lidera a produção, com 53,8% da área e 51,2% da estimativa total, seguida pela Gala, com 44,3% da área e 47,2% da produção, enquanto as maçãs precoces representam 1,9% da área e 1,6% da produção. A região dos Campos de Lages concentra a maior parte da produção, com 83,1% do total, seguida por Joaçaba (11,2%) e Curitibanos (5,6%). Com previsão de maior volume produzido da fruta, a expectativa é de melhor margem para os produtores e preços mais competitivos no mercado nacional.

As estimativas  envolvem ainda o arroz, a soja, o milho grão, o milho silagem, o feijão, a banana e o tabaco. A expectativa é de crescimento na produtividade de várias culturas, porém os analistas de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural alertam para uma possível retração nos preços, especialmente nos grãos, o que exige cautela dos produtores.

Glaucia Padrão, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, alerta que a queda nos preços dos grãos, impulsionada pelo aumento da oferta interna na safra anterior, exige que os agricultores catarinenses iniciem o novo ciclo agrícola revisando estratégias e ajustando as áreas de plantio para equilibrar custos e retornos. “A expectativa é que a análise de mercado e as decisões regionais orientem as escolhas de cultivo e permitam um planejamento mais seguro para a nova safra”, afirma Glaucia.

Fonte: Epagri