O avanço da colheita das lavouras de milho tem sido pouco expressivo, uma vez que, nas principais áreas produtoras do cereal, a operação já foi realizada em janeiro. Restam plantios localizados em unidades produtivas de menor escala, onde é comum a permanência prolongada das plantas no campo, mesmo após a maturação fisiológica. Os números foram divulgados pela Emater/Ascar-RS.
Esse manejo é motivado por limitações na infraestrutura de armazenagem nas propriedades e pelos elevados descontos aplicados pelas cerealistas para secagem de grãos com alta umidade. A área colhida alcançou 90%. Restam 6% maduras ou em maturação e 4% em enchimento de grãos.
O clima seco e de temperaturas acima da média para o período beneficiou as lavouras, promovendo maior acúmulo de graus-dia e potencializando o progresso das fases fenológicas, especialmente as reprodutivas. Também contribuiu para maior eficiência metabólica e, consequentemente, para o desempenho produtivo.
A colheita por regiões
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, região de maior produção, a colheita foi finalizada.
Na Campanha Gaúcha, a operação segue em ritmo lento, concentrada em pequenas propriedades. Em Hulha Negra e Aceguá, ainda não há movimentação significativa de colheita, apesar de muitas lavouras se encontrarem em estágio de maturação desde meados de abril. Em Dom Pedrito, a situação difere dos demais municípios em função do perfil de produção em médias e grandes propriedades, e aproximadamente 80% das áreas foram colhidas. Nessas áreas de maior uso de tecnologias e com irrigação, a produtividade média tem superado 9 mil quilos por hectare.
Na de Caxias do Sul, a colheita está próxima à conclusão nos cultivos comerciais localizados nas menores altitudes nos Campos de Cima da Serra. Remanescem lavouras em regiões de maior altitude e nas regiões da Serra e Hortênsias, onde predominam áreas menores, e a finalização deve ocorrer em julho, em conformidade com o hábito de manejo local.
Na de Ijuí, a colheita para a produção de grãos foi concluída. Na de Pelotas, o cultivo apresenta grande variabilidade no desenvolvimento e na produtividade devido às diferenças nas precipitações ao longo do ciclo. Do total cultivado 3% está em pendoamento, 16% em enchimento de grãos, 25% em maturação e 56% colhidos.
Na de Santa Rosa, 1% das lavouras estão em floração, 6% em enchimento de grãos, 1% em maturação e 92% colhidas. Na de Soledade, a colheita do milho tardio prosseguiu, chegando a 69%. Predominam as lavouras em enchimento de grãos (17%); 10% estão em maturação fisiológica; 2% maduras por colher; 1% em florescimento; e 1% em desenvolvimento vegetativo.