Se depender do esforço do homem do campo, não faltará peixe na mesa dos gaúchos na Semana Santa. A expectativa é de que mais de 2,5 mil toneladas de pescado sejam comercializadas em todo o Estado, movimentando aproximadamente R$ 62,1 milhões. Os números são de um levantamento feito pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).
A iniciativa faz parte do trabalho permanente desenvolvido pela Emater/RS-Ascar e pela SDR junto aos produtores rurais, oferecendo assistência técnica em todas as etapas da cadeia produtiva da piscicultura – desde a construção de viveiros até a comercialização do pescado ao consumidor final. A atuação também contempla os pescadores artesanais profissionais, com suporte voltado à qualificação da atividade, ao incremento da renda e à melhoria da qualidade de vida das famílias envolvidas.
Em todo o Estado serão 3.957 eventos de comercialização em diversos formatos, como feiras urbanas, propriedades rurais, sistemas pesque-pague, residências de pescadores e pontos de venda em áreas litorâneas e ribeirinhas. As propriedades rurais concentram o maior número de ações (1.406), seguidas por vendas em residências de pescadores (1.528) e feiras urbanas (267).
A maior parte do pescado comercializado será proveniente de cultivo, com estimativa de 1.972.823 quilos, seguida por pescado de captura em água doce (314.703 quilos) e em água salgada e estuarina (244.555 quilos). O preço médio estimado por quilo é de R$ 25,59. Ainda segundo a Emater/RS-Ascar, serão disponibilizados aproximadamente 231 gramas de peixe por habitante, considerando a população gaúcha de 10.945.217 pessoas.
Feira do Peixe de Porto Alegre
Em Porto Alegre, a 245ª Feira do Peixe de Porto Alegre começou na segunda-feira (14), no Largo Jornalista Glênio Peres, Centro Histórico da capital. Até a sexta-feira (17), serão comercializados no local, pescados frescos, resfriados e congelados, além da oferta de peixes, iscas e bolinhos fritos prontos para o consumo e da tradicional tainha assada na taquara. São 47 bancas que agregam 100 famílias de pescadores.
A expectativa é de que as vendas e o público superem os números do ano passado. Em 2024, foram comercializadas 490 toneladas de pescados – o público que passou pelo evento foi estimado em 500 mil pessoas. “Nossa expectativa é manter ou ampliar esses números. Contamos que a população da capital e toda a Região Metropolitana compareça e compre muito peixe durante os cinco dias de evento”, afirma o secretário de Governança Cidadã e Desenvolvimento Rural, Cassio Trogildo. “Estamos chamando esta edição e feira da reconstrução, pois ocorre após o período difícil da enchente, que afetou muito a todos os pescadores”, acrescenta.