Arroz

Colheita avança para 51,66% da área semeada no Rio Grande do Sul

A Fronteira Oeste segue liderando o trabalho. Na maior região produtora 71,41% da área semeada já foi colhida

Colheitadeira descarregando arroz.
A colheita do arroz no Rio Grande do Sul segue avançando, atingindo 51,66% da área semeada, totalizando 501.276,67 hectares colhidos | Foto: Irga/Divulgação

A colheita do arroz no Rio Grande do Sul segue avançando, atingindo 51,66% da área semeada, totalizando 501.276,67 hectares colhidos, de acordo com levantamento semanal realizado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste segue liderando a colheita, com 71,41% da área semeada já colhida.

Logo na sequência aparece a Planície Costeira Externa, com 61,41%, e Planície Costeira Interna, com 53,25%. Os produtores da Campanha Gaúcha colheram 40,91% da área cultivada, Na Região Central a ceifa chegou a 34,76% da área semeada e na Zona Sul, a 31,92%. Neste ciclo, a área plantada é de 970.194 hectares. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.376 quilos por hectare.

O gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do Irga, o engenheiro agrônomo Luiz Fernando Siqueira, observa que as condições meteorológicas têm favorecido a colheita e oferecido aos produtores uma janela diária de muitas horas de trabalho, permitindo o avanço da operação.

“A Zona Sul é a regional que mais avançou proporcionalmente na colheita. Foi a última regional a iniciar o plantio e, consequentemente, a última a dar início a colheita, porém ela tem avançado rapidamente em razão de toda a organização e mecanização dos produtores da região”, avalia o agrônomo, destacando que a safra deve se estender durante o mês de abril e possivelmente no mês de maio.

Preços em queda

Em queda há sete semanas, os preços do arroz em casca levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) acumulam baixa de 21,3% desde final de janeiro, voltando ao menor patamar desde 21 de outubro de 2022. Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário preocupa vendedores de forma geral, pois os custos totais de produção do cereal no Rio Grande do Sul são estimados na casa dos R$ 100 por saca de 50 quilos nesta temporada.

Diante dos fortes recuos, a liquidez segue baixa, ainda conforme pesquisas do Cepea. Vendedores, no geral, se mostram retraídos para novas negociações, mas a necessidade de caixa leva parte deles a ceder aos pedidos de compradores. Quanto à colheita, as atividades continuam avançando satisfatoriamente, com alguns relatos de talhões acamados ou mesmo de quebras acima do normal no beneficiamento.