Colheita do Arroz

Colheita do arroz atinge 14,69% da área plantada

Os índices de produtividade permanecem dentro de parâmetros satisfatórios, mas há redução da qualidade

Índices de produtividade seguem dentro de parâmetros satisfatórios. mas há uma redução na qualidade dos grãos | Foto: Banco de imagens
Índices de produtividade seguem dentro de parâmetros satisfatórios. mas há uma redução na qualidade dos grãos | Foto: Banco de imagens

A colheita do arroz irrigado no Rio Grande do Sul chegou a 14,69% da área semeada, totalizando 142.539 hectares. A Fronteira Oeste é a região que possui a maior área colhida, com 91.002 hectares, seguida pela Planície Costeira Interna, com 18.804 hectares, Região Central com 11.850 hectares, Campanha, com 8.999 hectares. A Planície Costeira Externa colheu 8.141 hectares e a Zona Sul, 3.743 hectares. A área efetivamente plantada é de 970.194 hectares. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 quilos por hectare.

O gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do Instituto rio Grandense do Arroz (Irga), Luiz Fernando Siqueira, a Fronteira Oeste contabiliza, até o momento, a maior área colhida, porque foi a primeira a começar a semeadura, totalizando 31% durante o mês de setembro. “O avanço da colheita é um reflexo do período em que ocorreu a semeadura”, afirma Siqueira. Já a Zona Sul foi a última a iniciar a semeadura, porém progrediu muito rápido, possivelmente o término da colheita deve ocorrer no mesmo período que a maior região arrozeira do Irga.

“Os dias estão longos e o clima seco, permitindo que o produtor avance rapidamente na colheita do grão”, avalia Siqueira, ressaltando que apesar das condições climáticas estarem permitindo que a colheita siga em ritmo acelerado, em razão do atraso no período da semeadura, que ocorreu principalmente na Região Central do Estado – reflexo das enchentes do mês de maio do último ano, a colheita pode se estender durante o mês de maio.

A Emater/RS-Ascar disse que as chuvas nas zonas orizícolas afastaram as preocupações dos produtores quanto ao risco de déficit de água para irrigação. Embora não se observe incremento expressivo na vazão dos mananciais, verifica-se a manutenção dos níveis de descarga e recarga parcial de reservatórios e de corpos hídricos superficiais (rios e riachos).

Menor qualidade

Os índices de produtividade permanecem dentro de parâmetros satisfatórios. Porém, foi observada uma redução na qualidade dos grãos: o índice de grãos inteiros está abaixo de 55% (padrão comercial) em algumas lavouras a Oeste. Essa perda de qualidade está relacionada ao calor elevado e à exposição prolongada das panículas à intensa radiação solar durante a fase de maturação fisiológica, o que pode ocasionar fissuras tegumentares e quebra mecânica durante o beneficiamento.