No pregão desta quinta-feira (16), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em campo negativo. Às 07h14 (horário de Brasília), os principais contratos da commodity recuavam entre 10,75 e 11,75 pontos. O março/25 era cotado a US$ 10,31 por bushel.
Segundo os analistas internacionais, o mercado da soja dá continuidade ao movimento negativo. Ainda ontem, as cotações futuras da oleaginosa recuaram entre 4,75 e 7,00 pontos.
Apesar das preocupações com o clima na Argentina, as previsões climáticas voltaram a indicar chuvas para o país vizinho nos próximos dias. Porém, a expectativa de uma grande safra no Brasil ainda pressiona negativamente o mercado.
Além disso, a demanda pelo produto norte-americano continua no radar. Inclusive, ainda ontem, o NOPA (Associação Nacional de Processadores de Sementes Oleaginosas) relatou um recorde de esmagamento de soja de 206,604 milhões de bushels em dezembro.
O número ficou 6,9% acima do volume de novembro e ainda maior do que a estimativa média dos analistas de 205,498 milhões de bushels. O NOPA também relatou estoques de óleo de soja atingindo 1,236 bilhão de libras até 31 de dezembro.
Mercado do milho
Do mesmo modo que a soja, os futuros do milho trabalham em queda na manhã desta quinta-feira na CBOT. Perto das 07h17 (horário de Brasília), os contratos caíam entre 2,75 e 4,75 pontos. O março/25 era cotado a US$ 4,76 por bushel.
O mercado do cereal voltou a cair após subir no pregão anterior. Na quarta-feira, as cotações subiram impulsionadas pelo clima quente e seco na Argentina.
Por outro lado, a produção de etanol caiu ligeiramente na semana até 10 de janeiro, com uma média diária de 1,095 milhão de barris. Contudo, o número ainda é relativamente forte quando se olha o volume dos últimos meses, de acordo com os dados mais recentes da Administração de Informação de Energia dos EUA. Já os estoques de etanol subiram 4% na semana passada.
Mercado do trigo
Assim como a soja e o milho, o trigo também trabalha em queda na manhã desta quinta-feira em Chicago. Por volta das 07h20 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal recuavam entre 4,75 e 5,50 pontos. O março/25 trabalhava a US$ 5,41 por bushel.
Além das condições da safra norte-americana, o mercado segue acompanhando as produções em outros países. Enquanto isso, as exportações de grãos da Ucrânia durante o ano de comercialização de 2024/25 incluem vendas de trigo totalizando 379,8 milhões de bushels e vendas de milho totalizando 427,9 milhões de bushels até 15 de janeiro, de acordo com os dados mais recentes do ministério da agricultura do país.
Dessa forma, vendas de trigo estão tendendo moderadamente à frente do ritmo do ano passado, com as vendas de milho caindo ligeiramente ano a ano. A Ucrânia está entre os maiores exportadores mundiais de ambas as commodities.