A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) emitiu nota nesta segunda-feira (23) avaliando os impactos da alta do dólar na importação e produção nacional de trigo. O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), embaixador Rubens Barbosa, avalia que esse movimento de alta no câmbio teve e continuará tendo impacto no preço do trigo e da farinha.
De acordo com a entidade, o Rio Grande do Sul já exportou cerca de 1,5 milhão de toneladas e haverá a necessidade de importação de trigo pelo Paraná, mesmo com uma possível redução na cotação do dólar.
A nota lembra que o Brasil depende da importação de trigo para complementar sua produção interna. A indústria avalia que enfrentou um cenário desafiador em 2024, marcado por volatilidade nas cotações internacionais, adversidades climáticas e uma expressiva redução na produção nacional. “Esses fatores, combinados com a valorização do dólar, já estão sendo refletidos nos custos dos moinhos, aumentando a pressão sobre toda a cadeia produtiva e indicando que o aumento da farinha de trigo será inevitável”, diz a Abitrigo.
Em dezembro, Companhia Nacional de Abastecimento aumentou a estimativa de importações nesta safra de 6 milhões para 6,2 milhões de toneladas de trigo. O crescimento foi impulsionado pela redução da oferta interna, já que a estimativa de colheita caiu para 8 milhões de toneladas. Com esse cenário, a projeção é de estoques finais de 878,9 mil toneladas na safra 2024.
Com informações da Abitrigo