A semeadura da soja alcançou 94% da área de 6,8 milhões de hectares projetada para o Rio Grande do Sul. O número está acima da média das últimas três safras para esse período, de 90%. As áreas remanescentes estão principalmente da Metade Sul, onde o déficit hídrico e excesso de precipitações têm afetado a umidade do solo e limitado o progresso do plantio, e também nas áreas em sucessão a milho e tabaco.
No estado, 98% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 2% estão em floração. “De maneira geral, as lavouras apresentam germinação, população de plantas e desenvolvimento vegetativo satisfatórios, e o porte tem variado conforme a época de plantio. Quanto ao desenvolvimento das plantas, ocorre emissão de trifólios bem formados e folhas completamente expandidas e melhor desenvolvidas em comparação às semanas anteriores. As lavouras semeadas no final de outubro e início de novembro apresentam fechamento completo das entrelinhas, e a área foliar já cobre a superfície do solo”, relata a Emater/RS-Ascar no Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (19).
Em termos fitossanitários, as primeiras lavouras implantadas estão recebendo aplicação de fungicidas em caráter preventivo, com foco na ferrugem-asiática. Nas áreas semeadas em novembro, está sendo realizada a aplicação inicial com fungicidas de menor custo, visando à proteção do baixeiro contra manchas foliares, oídio e antracnose, em conjunto com a capina química.
Milho
A semeadura do milho também alcançou 94% da área projetada para a safra, sendo que os plantios mais tardios avançaram principalmente nas regiões da Campanha, Sul e Vale do Rio Pardo.
A maioria das lavouras encontra-se em fase reprodutiva, sendo que 18% estão em floração e 50% em enchimento de grãos. Apenas 12% estão em maturação e 1% foi colhido. “As condições ambientais favoreceram tanto o desenvolvimento das plantas quanto a realização de tratos culturais, incluindo a aplicação de herbicidas e fertilizantes em cobertura nas áreas semeadas a partir de novembro”, informa a Emater/RS-Ascar.
Nesta safra, o cultivo está estimado em 748,5 mil hectares, com produtividade média de 7,1 mil kg/ha. “A recuperação da umidade do solo em dezembro tem garantido o peso adequado dos grãos. Contudo, o número de grãos por espiga, determinado durante a floração, foi impactado pelo déficit hídrico ocorrido em novembro, especialmente nas regiões Centro, Planalto Médio e Noroeste do Estado”, descreve o Informativo.
Ainda assim, o potencial produtivo deve superar a última safra. Além disso, a expectativa de produção está muito elevada nas áreas irrigadas ou não afetadas pelo déficit hídrico. Nesses locais, a alta incidência de radiação solar e a variação térmica entre dias e noites estão favorecendo o metabolismo e a produtividade das plantas.
Com informações da Emater/RS-Ascar