As cotações futuras da soja iniciaram a sessão desta sexta-feira (20) do lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa subiam mais de 7 pontos perto das 07h23 (horário de Brasília). O contrato janeiro/25 trabalhava a US$ 9,70 por bushel.
De acordo com os analistas internacionais, o mercado da soja dá continuidade ao movimento de recuperação. Ainda ontem, os preços da oleaginosa subiram, após acumularem perdas de mais de 2,5%.
No entanto, apesar da reação, o mercado ainda sente a pressão negativa do potencial da safra na América do Sul, em especial no Brasil. Nesta semana, a consultoria Pátria AgroNegócios estimou a produção em recorde de 170,41 milhões de toneladas de soja.
Por outro lado, a demanda permanece ativa no mercado, embora não se destaque tanto diante de uma oferta robusta. Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou uma nova de venda de soja, de 227.200 toneladas, para destinos desconhecidos.
Em contrapartida, a guerra tarifária entre os EUA e a China continua no radar, mas analistas apontam que a nação asiática está atualmente mais bem preparada para enfrentar esse cenário.
Mercado do milho
Assim como a soja, os futuros do milho também trabalham em campo positivo na CBOT. Às 07h26 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal exibiam ganhos de mais de 2 pontos. O março/25 era cotado a US$ 4,43 por bushel.
Segundo os analistas, o mercado do cereal também busca uma recuperação após as perdas recentes. De um lado, os preços do cereal também são pressionados pela safra na América do Sul.
No entanto, a demanda desempenha um papel crucial no mercado do cereal. Nesse contexto, os números das exportações e da produção de etanol nos Estados Unidos têm sido fundamentais para sustentar os preços.
Mercado do trigo
Acompanhando os vizinhos, soja e milho, os futuros do trigo também sobem na manhã desta sexta-feira em Chicago. Dessa forma, às 07h29 (horário de Brasília), os contratos da commodity registravam ganhos de mais de 2 pontos. O maio/25 operava a US$ 5,46 por bushel.
Ademais, apesar da recuperação, os preços continuam pressionados pelos elevados estoques domésticos e globais, além do crescimento potencial da produção na Argentina e na Austrália nesta temporada.
Além disso, as condições das lavouras de trigo nos Estados Unidos permanecem em foco, assim como o desempenho da produção na Rússia.