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Após quedas recentes, soja esboça reação e sobe nesta 5ª

Apesar da recuperação, safra de soja na América do Sul ainda exerce pressão negativa sobre os preços

Grãos de soja
Após quatro quedas consecutivas na Bolsa de Chicago, preços futuros da soja esboçam reação | Foto: Banco de Imagens

Após quatro pregões em queda, os preços da soja voltaram a subir no pregão desta quinta-feira (19) na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa subiram entre 11,25 e 13,50 pontos. O vencimento janeiro/25 trabalhava a US$ 9,63 por bushel.

De acordo com os analistas internacionais, os preços esboçaram uma reação depois das perdas recentes. Ontem, as cotações da oleaginosa recuaram mais de 2,5%.

Contudo, o grande potencial da safra na América do Sul, especialmente no Brasil, continua no radar. Segundo as principais consultorias do país há um consenso que a safra ultrapasse 170 milhões de toneladas nesta temporada.

Paralelamente, a demanda segue presente no mercado da soja. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 227.200 toneladas de soja para destinos desconhecidos. Do total, 152.200 toneladas deverão ser entregues no ciclo 2024/25, e o restante, de 75.000 toneladas, no ciclo 2025/26.

Já as vendas para exportação totalizaram 52,3 milhões de bushels na semana passada, o que foi 27% abaixo da média das quatro semanas anteriores. No entanto, o número ficou dentro das expectativas do mercado, entre 30,3 milhões e 77,2 milhões de bushels.

Por outro lado, a questão tarifária entre EUA e China permanece no radar dos traders. Isso porque, caso as tarifas se confirmem, as exportações norte-americanas serão afetadas.

Mercado do milho

Assim como para a soja, a sessão desta quinta-feira também foi positiva aos futuros do milho na CBOT. Os vencimentos do cereal subiram entre 1,75 e 3,50 pontos. O contrato março/25 operava a US$ 4,40 por bushel.

Embora, a safra na América do Sul permaneça pressionando negativamente os preços, o mercado esboçou uma recuperação depois das quedas registradas recentemente.

Do lado da demanda, o USDA indicou as vendas para exportação de milho em 46,3 milhões de bushels em vendas combinadas de safras novas e antigas na semana passada, o que foi 24% acima da contagem da semana anterior, mas 10% abaixo da média das quatro semanas anteriores.

Porém, o número ficou na extremidade inferior das estimativas dos analistas, que variaram entre 31,5 milhões e 66,9 milhões de bushels.

Até o momento, as vendas acumuladas para o ano de comercialização de 2024/25 permanecem moderadamente à frente do ritmo do ano passado, após atingir 536,2 milhões de bushels.

Mercado do trigo

Na contramão da soja, os futuros do trigo registraram mais um pregão em queda em Chicago. Os vencimentos da commodity caíram entre 7,25 e 8,25 pontos. O contrato março/25 fechou o dia a US$ 5,33 por bushel.

O trigo deu continuidade ao movimento negativo. Conforme os analistas internacionais, o mercado segue pressionado pelos grandes suprimentos domésticos e globais e com o potencial de produção da Argentina e da Austrália em ascensão nesta temporada.

Ademais, as condições das lavouras norte-americanas de trigo seguem no radar. Assim como, a produção de trigo na Rússia.