O início do pregão desta quarta-feira (20) é negativo aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa recuavam entre 7,00 e 9,25 pontos por volta das 08h20 (horário de Brasília). O contrato janeiro/25 operava a US$ 9,89 por bushel.
A soja dá continuidade ao movimento de queda do pregão anterior. Conforme os analistas internacionais, o mercado continua sendo pressionado negativamente pelos fundamentos.
De um lado, a oferta norte-americana com a finalização da colheita. De outro, o plantio da safra brasileira, que já atingiu 80% da área prevista para essa temporada. Além disso, as estimativas para a produção do Brasil giram em torno de 170 milhões de toneladas.
Em contrapartida, a demanda da China também permanece no radar dos investidores. Bem como a possível retomada da disputa comercial entre EUA x China, após a reeleição de Donald Trump.
Mercado do milho
Acompanhando a soja, os futuros do milho também operam em queda na manhã desta quarta-feira na CBOT. Assim, perto das 08h24 (horário de Brasília), os preços futuros caíam entre 1,75 e 2,00 pontos. O dezembro/24 trabalhava a US$ 4,25 por bushel.
Ainda ontem, “a negatividade (da soja) se espalhou para o complexo do milho e se combinou com a falta de notícias otimistas para pesar sobre esse grão“, conforme informações do Successful Farming.
Ademais, no mercado do cereal, a principal informação ainda é a demanda. No entanto, os investidores ainda permanecem de olho na finalização da safra dos EUA, a produção de etanol e o desenvolvimento da safra na América do Sul.
Mercado do trigo
As cotações futuras do trigo também recuam em Chicago, assim como as da soja e do milho. Por volta das 08h26 (horário de Brasília), os futuros da commodity exibiam perdas entre 3,50 e 4,25 pontos. O dezembro/24 trabalhava a US$ 5,45 por bushel.
O trigo realiza lucros após as altas recentes. A possível escalada da guerra entre Ucrânia e Rússia voltou a ficar em destaque no mercado.
“A maior preocupação no Mar Negro agora é a ameaça de um ataque nuclear. A Ucrânia lançou mísseis de longo alcance feitos pelos EUA contra a Rússia, o que a Rússia vê como um ataque de uma potência nuclear. O possível uso de retaliação nuclear está sendo considerado agora. Além da preocupação óbvia com essa situação, há a ameaça de precipitação em uma grande parte do suprimento mundial de trigo. Se essa situação piorar ainda mais, provavelmente veremos um aumento nos prêmios de guerra em todo o complexo de grãos“, disse Karl Setzer, sócio da Consus Ag Consulting.