Agronegócio

Deficiência nutricional das pastagens exige suplementação na dieta dos bovinos

Nutrientes desempenham funções essenciais no organismo dos animais, mas estão em falta na forragem brasileira.

Na pecuária de corte, garantir que o animal tenha oportunidade de consumir os nutrientes necessários para o suprimento das exigências nutricionais, que incluem proteínas, energia, vitaminas e minerais, é de suma importância para o desempenho positivo da atividade. Dados e pesquisas indicam que aas pastagens brasileiras não apresentam níveis excelentes de fertilidade, fazendo com que os animais, que são alimentados exclusivamente com elas, tenham déficit nutricional, sendo os minerais os nutrientes limitantes na época das águas e o nitrogênio na época seca do ano.

“Cada nutriente desempenha funções específicas no organismo dos bovinos e, tendo conhecimento da deficiência deles na forragem, é ideal que os pecuaristas busquem a suplementação destes minerais como ferramenta para potencializar a dieta do rebanho”, afirma a Responsável Técnica da Minerthal, Letícia de Souza Santos.

Segundo Letícia, os principais componentes minerais da alimentação bovina são: cálcio, enxofre, fósforo, magnésio, potássio e sódio, sendo eles essenciais para o bom desenvolvimento do organismo dos animais e também nos resultados de ganho de peso.

Importância dos componentes minerais na nutrição do rebanho

O cálcio é responsável por auxiliar os processos de condução nervosa, contração muscular e coagulação do sangue. Ele tem um requerimento mais elevado para vacas leiteiras, uma vez que este nutriente está presente em grande quantidade no leite. “A quantidade requerida por vacas em lactação é o dobro daquela necessária para animais adultos não lactantes. Para gestantes, o requerimento é maior nas últimas semanas da gestação, quando ocorre maior calcificação dos ossos do feto”, pontua Letícia.

Animais jovens apresentam maiores exigências de cálcio, devido à formação dos ossos. Porém, é preciso ter atenção ao excesso de fornecimento deste mineral, já que a proporção de cálcio absorvida diminui com o aumento de cálcio dietético acima das exigências minerais.

Já o enxofre faz parte dos aminoácidos (metionina, cistina e cisteína) e está presente nas vitaminas do complexo B (tiamina e biotina), nos hormônios (insulina e ocitocina) e nas moléculas ricas em cisteína.

“Apesar dos sistemas americanos (NRC, 2000 e NRC, 2001) afirmarem que as exigências dietéticas de enxofre para bovinos de corte e de leite não estão bem definidas, esses conselhos recomendam que elas devam estar entre 1,5 e 2,0 g/kg CMS. A concentração recomendada em dietas de bovinos de corte é de 0,15% da matéria seca da dieta”, alerta a profissional.

O fósforo é o segundo mineral mais abundante no organismo animal e atua na reprodução, formação e mineralização da matriz óssea, além de fazer parte de uma série de reações metabólicas. A deficiência deste nutriente gera impactos negativos no sistema reprodutivo dos bovinos.

De acordo com a Responsável Técnica da Minerthal, “a mineralização com fósforo não custa barato e, comumente, é oferecida acima do requerimento, o que indica gasto financeiro e desperdício, pois o fósforo dietético que excede as exigências do animal não é absorvido ou, caso seja, é excretado na urina. De modo geral, quando maior o crescimento ósseo, fetal ou produção láctea do animal, maior o requerimento do nutriente”.

Letícia acrescenta ainda que o magnésio, outro elemento importante para a nutrição, está diretamente relacionado ao crescimento, à reprodução, ao metabolismo energético, à formação de ossos e dentes e à contração muscular dos bovinos. “Um dos possíveis problemas associados à deficiência de magnésio é sua relação com o potássio dietético, uma vez que o excesso de potássio, geralmente encontrado em altas concentrações em forragens, pode provocar uma redução na absorção de magnésio pelo animal, com consequente tetania e morte”.

Nutriente que desempenha funções metabólicas, o potássio é um mineral que, muitas vezes, já está balanceado nas dietas comumente oferecidas para o gado leiteiro, com exceção de vacas sob condições de estresse térmico. Letícia de Souza Santos adverte: “O principal problema enfrentado pelos ruminantes em lidar com o potássio se relaciona ao excesso, ao invés de deficiência”.

O sódio é mais um dos nutrientes essenciais para a dieta bovina. Atuando na manutenção da pressão osmótica, nas contrações musculares, na transmissão de impulsos nervosos e no transporte de glicose e aminoácidos, este mineral é normalmente discutido em conjunto com o potássio, devido à relação próxima de ambos no metabolismo animal. “Os ruminantes possuem um grande apetite por sal, consumindo quantidades bem superiores às necessárias. O melhor indicativo do status nutricional de sódio é sua relação com o potássio, que deve ser por volta de 20:1”, explica a profissional.

“A Minerthal é pioneira na suplementação minerais e, pelo conceito bem consolidado de suplementação de precisão, os produtos são elaborados com intuito de que haja suplementação certeira dos minerais, sem excessos ou deficiência deles na nutrição dos animais”, finaliza.