Agronegócio

Safra de camarão tem início no RS; estiagem preocupa

Segundo o deputado federal Jerônimo Goergen, a Lagoa do Peixe, no litoral sul gaúcho, está 'praticamente seca'

A safra de camarão de 2022 iniciou no Rio Grande do Sul. Desde a meia noite de ontem (1), os pescadores já tem liberação legal para a pesca, que vai até 31 de maio deste ano. Após, inicia-se o período de defeso. Atualmente a região sul do Estado conta com 5 mil famílias vivendo da pesca artesanal.

A abertura da safra teve solenidade oficial, com a presença do secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior, onde destacou a importância da captura da espécie para a economia de Rio Grande/RS.

Sobretudo, a salinização da Lagoa dos Patos é considerada suficiente para um bom desenvolvimento e disponibilidade do camarão nas águas. Com as condições favoráveis, o preço não elevou em relação ao ano passado.

Estiagem ameaça safra de camarão

Assim como afeta as lavouras, o déficit hídrico também tem prejudicado a produção do camarão. De acordo com informações do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), o Parque Nacional da Lagoa do Peixe está praticamente seco.

Localizado no litoral sul gaúcho, a Lagoa do Peixe abrange os municípios de Tavares e Mostardas. Todavia, a estiagem afeta a safra do camarão-rosa, que é o principal produto que sustenta de forma direta 201 pescadores artesanais (sendo 47 de Mostardas e 154 de Tavares).

De acordo com o parlamentar, “os impactos econômicos e sociais são drásticos, uma vez que a renda anual dessas famílias depende exclusivamente da pesca artesanal. Acima de tudo, também temos os reflexos ambientais muito sérios. A mortandade de peixes pode trazer um grave desequilíbrio à biodiversidade, já que as aves migratórias se dependem desse ecossistema”, ressalta.

Nesse sentido, Jerônimo já encaminhou o alerta aos órgãos de governo. Então, o laudo técnico repassado ao gabinete do deputado Jerônimo Goergen está sendo encaminhado aos ministérios da Agricultura, Cidadania e Desenvolvimento Regional, e também ao presidente do ICMBio, Marcos de Castro Simanovic. “Temos algumas ações emergenciais de cunho social, no que diz respeito à perda de renda dos pescadores, e os aspectos ambientais e econômicos que envolvem essa questão”, finalizou Jerônimo.

*Com informações do GHZ