Os futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) começaram esta sexta-feira (04) em alta, com as principais posições subindo entre 8,75 e 9,00 pontos. O contrato de novembro/24 estava cotado a US$ 10,53 por bushel às 07h52 (horário de Brasília).
Após uma sessão de baixa no pregão anterior, o mercado da soja esboça recuperação. Nos últimos dias, as previsões de chuvas em áreas secas do Brasil superaram as fortes valorizações do milho e trigo.
Segundo o Farm Progress, “os futuros da soja foram pressionados na quarta-feira pelas previsões de chuva no norte do Brasil, além do adiamento das novas regras contra o desmatamento pela Comissão Europeia”, o que pode ter favorecido a demanda por farelo de soja dos EUA.
A colheita da soja nos EUA continua no radar, com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) prestes a atualizar os dados na próxima segunda-feira. Outro fator importante é a ausência da China no mercado, devido ao feriado da Semana Dourada.
Mercado do milho
Na contramão da soja, os futuros do milho abriram a sexta-feira em queda na CBOT. As cotações caíam entre 1,50 e 2,00 pontos por volta das 07h58 (horário de Brasília), com o contrato de dezembro/24 cotado a US$ 4,26 por bushel.
Mesmo com a baixa atual, o mercado de milho vinha mostrando força, sustentado pela valorização do trigo e do petróleo. Segundo o Farm Progress, o milho “ganhou um momento técnico ao fechar acima da média móvel simples de 100 dias nas duas últimas sessões”, o que pode levar o mercado a mirar a média de 200 dias, em torno de US$ 4,52.
No entanto, o avanço da colheita nos EUA pode limitar essa alta, conforme os analistas preveem.
Mercado do trigo
Já os futuros do trigo operam em baixa nesta sexta-feira. As cotações recuavam entre 7,50 e 8,00 pontos, com o contrato de dezembro/24 cotado a US$ 5,95 por bushel.
Os preços do trigo subiram durante a semana, impulsionados pelas tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia, o que intensificou as preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento de grãos.
Além disso, o clima desfavorável pesou sobre as safras de trigo da Rússia. De acordo com a Reuters, a agência de previsão do tempo russa relatou que “as condições para as safras de inverno em algumas regiões estavam ‘piores do que o normal’ devido à falta de precipitação“.