Em reunião realizada na quarta-feira (03), em Brasília (DF), representantes do setor arrozeiro e do governo federal alinharam mecanismos para o abastecimento de arroz no mercado nacional. Após a possibilidade de importação do grão, as partes chegaram a um consenso de forma a valorizar o produto nacional e garantir também que o consumidor brasileiro tenha acesso ao cereal.
Antes da reunião, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, afastou a possibilidade de realização de novos leilões de arroz importado após a anulação do leilão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Estamos preparados, temos orçamento para isso, mas por hora é mais prudente – já que os preços já cederam – que a gente tome outras atitudes de estímulo à produção, mas por hora não se faz necessário novos leilões de importação“, disse Fávaro em entrevista à Globonews. As medidas para a importação de arroz vinham sendo criticadas pelo setor produtivo.
Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, foi alinhado com os ministros Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além do presidente da Conab, Edegar Pretto, um monitoramento dos preços nas praças brasileiras. “Também vamos orientar os produtores no sentido de abastecer a indústria e, consequentemente, trazer tranquilidade com relação aos consumidores, fazendo esse acompanhamento de preços do mercado e também garantir o abastecimento, trazendo uma normalidade ao funcionamento do mercado”, destaca.
Para Velho, esta abertura de diálogo do setor produtivo arrozeiro com o governo federal deu a oportunidade de esclarecer pontos sobre o mercado de arroz. “Também colocamos os grandes riscos que seria para o setor se continuássemos insistindo com a ideia de uma grande importação de arroz ou a continuidade dos leilões. Isto poderia trazer uma insegurança ao setor e inclusive uma ameaça ao tamanho da área plantada de arroz para a próxima safra”, observa.
A safra gaúcha de arroz, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), foi de 7,16 milhões de toneladas. De acordo com a Federarroz, esta produção com o volume já importado pelas empresas privadas garante a segurança alimentar do consumidor no mercado nacional.
Com informações da Federarroz