A podridão de grãos da soja se tornou um problema frequente a partir da safra 2019/2020, principalmente no Centro-Oeste do país. Inicialmente, o problema foi associado ao quebramento da haste da soja. Porém, pesquisas já concluíram que esses sintomas são problemas distintos e que a aplicação de fungicidas colabora para o manejo do apodrecimento precoce dos grãos.
O impacto da podridão de grãos é sentido pelos produtores principalmente no momento da colheita da soja. “Além de intervir na produtividade, perde na qualidade desse grão. Por isso o impacto e o medo que foi gerado pelo problema são muito grandes”, afirma a coordenadora do departamento de Fitopatologia da Fundação Rio Verde, Luana Belufi.
Apesar da identificação de um complexo de patógenos em amostras que demonstraram o sintoma, o agente causal do apodrecimento dos grãos ainda não foi identificado. “A gente continua investigando se é apenas um [fungo] ou se é esse complexo de patógenos associados que ocasionam esse sintoma”, explica a pesquisadora.
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A ciência, no entanto, já aponta caminhos para o manejo da podridão de grãos. Esses cuidados passam pela escolha de cultivares, pelo tratamento de sementes e também o controle químico com fungicidas. Nesse contexto, a Corteva obteve a aprovação do fungicida Vessarya® para o manejo do apodrecimento dos grãos de soja.
“A gente percebeu que o uso de carboxamidas no período certo de controle era o que mais trazia resultados. E dentre as carboxamidas, o solatenol, que está dentro do Vessarya®, também estava trazendo um melhor manejo para esse problema”, conta o marketing de fungicidas para Brasil e Paraguai da Corteva, Marcus Fiorini.
A recomendação é de que as aplicações de fungicidas sejam feitas de forma preventiva antes do fechamento. “Mas o produtor tem que estar muito atento às condições climáticas, condições de alta umidade favorecem a doença”, alerta Luana.
“A gente conseguiu melhores resultados trazendo o Vessarya® para as aplicações bem iniciais. Então uma aplicação ali entre 20 e 25 dias depois da emergência da soja, com uma segunda aplicação logo depois, em cerca de 14 dias. Dependendo da situação e das condições climáticas, você tem que reduzir um pouquinho esse intervalo e continuar com as outras aplicações durante a safra”, reforça Fiorini.
Apesar dos danos causados pelo apodrecimento dos grãos, os especialistas alertam que é preciso observar todo o complexo de doenças da soja e o histórico da área, além das condições climáticas, para planejar o manejo químico.
Sobre o Desafios da Soja
O Projeto Desafios da Soja é uma iniciativa do Portal Destaque Rural com o objetivo principal de realizar uma cobertura jornalística abrangente da safra de soja nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Mais do que simplesmente relatar os acontecimentos, o projeto busca estabelecer uma conexão entre a pesquisa acadêmica e a realidade enfrentada pelos produtores de soja.
Patrocínio
Na safra 2023/2024 o Projeto conta com o patrocínio da Corteva Agriscience, através de suas marcas Enlist® e Manejo Campeão Onmira™.
