O número de famílias e propriedades afetadas pela estiagem no Rio Grande do Sul aumentou ao longo de janeiro. Mais de 253 mil propriedades em 9.600 localidades do Rio Grande do Sul já são impactadas pelo déficit hídrico. Além disso, cerca de de 21 mil famílias enfrentam dificuldades de acesso à água. A atualização foi divulgada hoje (24) pela Emater-RS/Ascar.
A maioria das regiões registraram chuvas nas últimas duas semanas, no entanto elas foram irregulares e alguns locais tiveram baixos volumes. A situação é agravada pelas temperaturas elevadas, o que também causa maior desconforto térmico nos animais.
Culturas
O milho é a cultura mais impactada no estado, com 92,8 mil produtores atingidos. As regiões administrativas de Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa e Soledade são as mais prejudicadas, com perdas médias que podem chegar a 65% da produção inicialmente estimada. No milho silagem, as perdas variam de 16,2% na regional de Porto Alegre até 65% na regional de Ijuí.
As perdas na soja se intensificaram desde o boletim informativo do dia 10 de janeiro. Atualmente as perdas médias de produtividade vão de 25% a 45% na maioria das regiões. Já são mais de 82,3 mil produtores do grão afetados.
No caso do feijão, a redução da produção varia de 5% a 95%, dependendo da região, sendo que as maiores perdas médias estão localizadas na regional de Ijuí.
Pecuária
Mais de 27,2 mil estabelecimentos produtores de leite sofrem com os efeitos das condições climáticas. É estimada redução na produção diária de leite no Estado dea proximadamente 2,2 milhões de litros. As pastagens nativas apresentam perdas significativas na produção de massa verde em cerca de 60% da área.
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Com informações da Emater/RS-Ascar