Em todas as categorias do rebanho ovino já há perda de condição corporal devido à gradativa redução na disponibilidade e na qualidade da alimentação, predominantemente baseada em áreas de campo nativo. Mas devido aos efeitos da estiagem até mesmo os animais manejados em áreas cultivadas começam a sentir a falta de oferta de pasto.
Em Rosário do Sul, reduziram os casos de verminose ovina, provavelmente em função do clima mais seco, que diminui a chance de ingestão dos parasitos. De acordo com o Informativo Conjuntural, desta quinta-feira (20/01) da Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr)
Em São Gabriel e Caçapava do Sul, já estão sendo realizados os trabalhos de encarneiramento nos rebanhos de raças de lã.Na de Pelotas, os preços pagos pela lã ovina seguem sendo considerados baixos e não há comercialização. Houve queda na procura de animais para abate e nos preços pagos por eles.
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Apicultura
O excesso de calor reduziu a oferta das floradas que servem de alimento para as abelhas. As altas temperaturas também refletem em menor tempo de atividade de forrageamento, devido à necessidade de trabalho das operárias no resfriamento dos ninhos. A baixa disponibilidade de água em açudes e fontes próximas dos apiários também prejudica esse mecanismo de termorregulação das abelhas.
Diversos apicultores da regional de Bagé relatam quebra significativa na produção do mel da primavera. A média de perdas fica na faixa dos 50%, mas alguns produtores indicam perdas de até 100% como efeito do excesso de chuvas e das temperaturas baixas em setembro, somando-se à estiagem atual.
Em Santa Rosa, os enxames quase não se movimentam, e as campeiras permanecem dentro das caixas ajustando a temperatura interna e consumindo parte das reservas, reduzindo assim o estoque de mel e a produtividade por caixa que, segundo alguns apicultores, já é de 40%.
Piscicultura
O nível dos açudes, tanques e reservatórios baixou consideravelmente com a estiagem, prejudicando a produção e o desenvolvimento dos peixes, além de comprometer a oxigenação. Aumentam os relatos de mortandade de peixes em algumas regiões produtoras.
Na regional de Santa Rosa, os produtores que dispõem de aeradores os estão utilizando ao máximo. Além disso, a alimentação foi reduzida a uma vez por dia ou até suprimida para evitar diminuir ainda mais a qualidade da água. Em muitos açudes, os peixes estão prontos para a despesca, manejo dificultado onde os tanques têm pouca água.
Devido às altas temperaturas e ao baixo nível dos reservatórios na de Porto Alegre, foi relatada morte de peixes: a maioria é de tilápias, e em menor número carpas e lambaris. Na de Passo Fundo, o nível dos açudes reduziu, mas a qualidade de água está preservada.
