Fruticultura

Em churrasco com presidente Lula, produtores de frutas levam pleitos relacionados à logística, exportação e seguro

Nesta quinta-feira, 21, representantes da Abrafrutas estiveram com o presidente da República e o ministro Carlos Fávaro na Granja do Torto, em Brasília

Na foto, da esq. p/ dir.: Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária; Geraldo Alckmin, vice-presidente da República; Lula, presidente da República; Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR
Na foto, da esq. p/ dir.: Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária; Geraldo Alckmin, vice-presidente da República; Lula, presidente da República; Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR

Manga, limão, laranja, avocado, uva, entre outras frutas, levaram a balança comercial do Brasil a registrar mais de US$ 1,2 bilhão em exportações em 2023, marcando um recorde ao setor. Mesmo assim, há espaço para crescer, quando se considera que o país é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas está em 24º colocado em exportações.

Para que a fruticultura consiga ocupar mais o mercado externo, representantes da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) estiveram com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 21, a fim de levar alguns pleitos de melhoria à atividade.

Em um encontro mais descontraído, durante um churrasco na Granja do Torto, em Brasília, Lula e o ministro da Agricultura Carlos Fávaro estiveram atentos a solicitações como a melhora da infraestrutura logística para exportações, o aumento de recursos para segurança vegetal e a estratégica união entre setor produtivo e governo para abertura de novos mercados. Também estava presente o vice-presidente Geraldo Alckmin.

“Foi um bate-papo muito agradável, presidente ficou conversando, interagindo […] mas agora é hora de trabalhar e o presidente está nos determinando muito a trabalhar para que este setor [o agronegócio] seja o mais importante da economia brasileira”, disse Fávaro à imprensa, após o término do churrasco.

Durante o evento, o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, ressaltou ao presidente Lula a relevância da fruticultura brasileira na geração de empregos e na promoção da inclusão social em diversas regiões do Brasil.

“É muito importante que o presidente da República ouça, junto com o ministro Fávaro, questões que impactam diretamente a fruticultura. Esse encontro é uma oportunidade única de destacar a importância econômica e social do setor e discutir formas de impulsionar ainda mais o seu desenvolvimento”, afirmou.

Cinco pautas principais do encontro

A Abrafrutas elencou cinco pontos prioritários abordados com Lula e que continuarão sendo pauta de trabalho junto ao Ministério da Agricultura.

  1. Recursos para fortalecimento do Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas (PNMF);
  2. Melhoria da infraestrutura logística para agilização de processos nos portos e aeroportos por onde as frutas são exportadas;
  3. Aumento de recursos para subvenção do seguro agrícola para frutas;
  4. Revisão das regras para que safristas possam executar serviços temporários de colheita sem perder o direito ao Bolsa Família;
  5. Manutenção dos esforços nos processos de abertura de novos mercados e eliminação de barreiras nas exportações de frutas frescas e processadas.

Movimentação da fruticultura

Nesta semana, produtores de frutas, representantes do varejo e do segmento de rastreabilidade se reuniram em um evento da  International Fresh Produce Association (IFPA), em São Paulo, para discutir avanços em toda a cadeia de suprimentos de frutas. Uma das pautas discutidas foi o formato de tributação ao setor, tanto para quem opera no mercado interno quanto com exportações.

No começo do mês de março, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) levantou as demandas das cadeias produtivas da fruticultura, hortaliças e flores para o Plano Safra 2024/2025. O assunto foi discutido durante reunião conjunta das comissões nacionais de Fruticultura e de Hortaliças e Flores.

Os participantes apontaram temas que permeiam as políticas agrícolas de acesso ao crédito rural, como as garantias requeridas para acesso a linhas de financiamento, renegociação de dívidas, seguro rural e limitações nos modelos de seguro ofertados ao setor com base no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).