Edição de janeiro

CNA divulga análise sobre soja, milho e pecuária

O estudo ainda aborda os temas como, clima, comércio internacional, cenário econômico, entre outros

capa com análises da CNA
Foto: Divulgação

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) publicou a edição de janeiro do Análise CNA, boletim mensal de inteligência de mercado que traz informações e dados do setor para o dia a dia dos produtores rurais.

O documento apresenta o andamento da safra de soja, os resultados da 1ª colheita do milho e as propostas apresentadas pela Confederação ao Ministério da Agricultura para apoiar produtores de soja e milho prejudicados pelo clima e baixos preços.

O boletim aborda também o mercado de carnes em 2024, com perspectivas para o Brasil e o mundo, e a análise do clima a partir de um possível retorno da La Niña esse ano e atualizações do El Niño.

No cenário internacional, a publicação avalia a alta do frete marítimo decorrente dos conflitos no Oriente Médio e os destaques do projeto Campo Futuro na cadeia da bovinocultura de corte.

A publicação é elaborada pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da Confederação e traz todos os meses um panorama sobre o agro no Brasil e no mundo, com os principais acontecimentos no período e projeções para o setor.

Soja

Com relação à soja, o plantio teve um início desafiador, levantando preocupações sobre a janela ideal para a cultura da segunda safra. No entanto, as condições climáticas melhoraram na segunda metade de dezembro, permitindo que os trabalhos progredissem e acelerassem a maturação da oleaginosa. Isso resultou em um início antecipado da colheita. Enquanto isso, no mercado, os produtores estão demonstrando uma postura de retração, evitando vender nos atuais níveis de preços.

Milho

Já no caso do milho, os desafios climáticos e de mercado também estão presentes. O plantio e a colheita estão ocorrendo em meio às incertezas trazidas pelo retorno iminente do La Niña em 2024. As anomalias de temperatura indicam que o calor continuará predominando em todo o país, com exceção de parte do Rio Grande do Sul. No entanto, os maiores volumes de chuva se concentram principalmente no Paraná e em Santa Catarina, o que pode influenciar a produtividade das lavouras.

Oferta vai cair

Apesar do atraso da semeadura da soja e receio quanto à janela do safrinha, as projeções já indicam uma produção total de milho menor que a safra anterior em virtude da redução de área plantada. A falta de margem positiva para o milho ao longo de 2023 deixou o produtor indeciso quanto à investir ou não na cultura.

Pecuária

Frango: a produção mundial deve continuar crescendo de forma lenta mas consistente. USDA prevê leve alta de 1% em 2024, mesmo com perspectiva de queda de 3% na China. Já as exportações podem crescer 3% no total mundial e 3,7% no Brasil, enquanto o México deve experimentar uma importação 5,1% maior do que em 2023.

Bovino: como em 2020, a produção mundial pode interromper novamente a sequência de altas iniciada em 2016, já que a previsão é de leve queda de 0,3%. Produção e exportação dos EUA devem ser 6,3% menores. As exportações podem crescer no Brasil (3,6%) e Austrália (4,6%), mesmo com a possível queda de 2,8% das importações pela China.

Suíno: apesar da previsão de estabilidade, a produção mundial voltou para a tendência anterior às quedas de 2019 e 2020. Contudo, espera-se uma redução de 1% na China e 1,6% na UE. No Brasil a alta esperada é de 5% e poderá exportar 5,5% mais. Já a China deve aumentar as importações (1,1%), assim como o Japão (1,3%).

A análise da CNA ainda aborda os temas como, clima, comércio internacional, cenário econômico, entre outros, que pode ser conferidos clicando aqui.