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Rio Grande do Sul mantém potencial produtivo da soja

Clima favorável tem auxiliado na safra de soja no Rio Grande do Sul. Já a produtividade do milho têm variado.

Campo de soja e plantas de soja no início da manhã.
Imagem de arquivo.

Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (01/02), as lavouras de soja mantêm seu potencial produtivo, mesmo diante da baixa umidade no solo, especialmente em áreas com pouca cobertura de palha, solos menos profundos e terrenos ondulados e nenhum caso de acamamento foi registrado, e as folhas basais permanecem resistentes.  Nesse contexto, o aumento das temperaturas tem gerado maior evapotranspiração, resultando em sintomas leves de deficiência hídrica nos períodos mais ensolarados, mas ainda sem impactar a produtividade.

Na Região Oeste do Estado, a presença generalizada da ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) preocupa os produtores de lavouras mais avançadas, com entrelinhas fechadas. Aplicações robustas, combinando princípios ativos contra o fungo, estão sendo realizadas para aumentar a eficácia do tratamento e reduzir a probabilidade de resistência. No entanto, é necessário analisar cuidadosamente, pois as constantes quedas nos preços da soja podem afetar a lucratividade, considerando a recorrência nas aplicações e a demanda por fungicidas mais caros.

No cenário do milho, a colheita intensificou-se, beneficiada pelas condições climáticas secas e quentes. Contudo, a produtividade das lavouras varia consideravelmente, impactando negativamente a média do Estado. Além dos problemas relacionados ao excesso de umidade durante o desenvolvimento, muitos produtores relatam espigas pequenas e falhas significativas na polinização, resultando em perdas expressivas, especialmente em áreas afetadas por doenças e pragas de difícil controle.

Já o  milho silagem, o cultivo de novas áreas avançou, alcançando 97% da projeção inicial. A colheita e ensilagem de planta inteira ocorreram de forma mais rápida devido às condições ambientais mais secas. A produtividade estimada é de 39.088 kg/ha, embora algumas regiões possam apresentar redução devido a condições adversas.

Na região de Bagé, na Campanha, os produtores de milho destinado à silagem planejam iniciar a colheita nas próximas semanas, aproveitando a previsão de tempo seco. Em algumas propriedades, o corte deverá ocorrer em breve para evitar o ressecamento das folhas e a perda do ponto ideal de colheita em lavouras mais avançadas.

Quanto ao feijão de 1ª safra, o plantio foi concluído, e as atividades de manejo e cultivo continuam na região Nordeste do Estado. A colheita nas demais regiões produtoras foi impulsionada pelas condições meteorológicas estáveis, contribuindo para aprimorar a qualidade do produto colhido, com projeção de produtividade de 1.775 kg/ha.

Na região de Caxias do Sul, as lavouras de feijão mostram bom desenvolvimento inicial, com as primeiras áreas em fase inicial de floração. Em Pelotas, a colheita continuou, enquanto em Morro Redondo, algumas lavouras apresentam desenvolvimento adequado, mas outras estão propensas a ter produtividades abaixo das expectativas.

Quanto ao arroz, o período foi marcado por excelente incidência de radiação solar, favorecendo as áreas em fase de emborrachamento, emissão de panículas e floração. Apesar das condições favoráveis, a intensa atividade de aeronaves agrícolas para a aplicação de fertilizantes nitrogenados e fungicidas destaca a importância da proteção da cultura contra doenças foliares e de panícula.

As informações são da Emater.