Agricultura

Investimento em solo e irrigação como estratégias para produção de soja durante estiagem

Apesar das previsões de uma safra sob condições de tempo seco, a intensidade da estiagem no Rio Grande do Sul surpreendeu produtores e especialistas. A situação causa prejuízos irreversíveis para o milho e diversos problemas para a soja. Neste cenário, estratégias são buscadas para tentar reduzir os prejuízos.

A janela de semeadura, que costuma levar até 30 dias, já se estende por mais de dois meses. Além disso, as lavouras semeadas apresentam dificuldades de desenvolvimento. “A gente está desenvolvendo muitas estratégias para tentar mitigar os estresses relacionados ao clima”, explica o engenheiro agrônomo e gerente técnico da Sementes Aurora, Maurício de Bortoli.

Solo

A primeira estratégia destacada é o investimento em solo. “A qualidade química, física e biológica do solo interfere diretamente na produtividade”, lembra o especialista. Além de melhorar esses aspectos, é preciso proteger o solo. “A palhada vem como uma verdadeira luva, ela encaixa como se fosse a pele do solo. Ela é um filme que a gente faz sobre o solo para proteger nosso investimento”, destaca.

Irrigação

Em um clima não responsivo, a irrigação se torna uma ferramenta ideal, atuando como um seguro para a produção. No entanto, ela deve ser utilizada com cuidado. “A gente deve usar ela nas fases iniciais, para que a soja tenha um bom estabelecimento, e fazer doses de irrigação na parte vegetativa para que essa soja não desenvolva muito também”, ressalta Maurício.

As aplicações devem ser bem avaliadas e dosadas. É preciso atenção para não irrigar muito na fase inicial e acabar faltando água ou sobrando massa vegetal no final. “A gente tem que saber dosar essa água. Então irrigações pontuais e precisas nas fases fenológicas, para que a planta chegue ao seu ponto de desenvolvimento ideal de floração e formação de legumes com porte adequado, fazem parte do sucesso”, recomenda o engenheiro agrônomo.
“Nosso clima é soberano, ele define praticamente 50% de nosso sucesso na atividade, mas o produtor rural é muito resiliente, está fazendo sua parte e tentando buscar caminhos para produzir em um ambiente tão hostil, como está sendo este ano”, destaca.

Patrocínio: BASF