2021 foi um ano de preços altos para a laranja no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro. No geral, a necessidade de matéria-prima permaneceu elevada nas indústrias paulistas, e a baixa produção da fruta manteve a oferta controlada durante todo o ano. Ainda que a remuneração (em Reais por caixa da fruta) tenha sido superior, para muitos citricultores a rentabilidade foi apertada, visto que a produtividade restrita elevou ainda mais os custos unitários de produção.
A estimativa de dezembro/21 do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) indicou que a produção do cinturão citrícola deve ser 1,7% menor que a de 2020/21, totalizando 264,14 milhões de caixas de 40,8 kg. Mesmo que a temporada 2021/22 seja de bienalidade positiva e com maior carga de frutos, as laranjas vêm apresentando baixo calibre, o que explica a menor produção. Com a baixa oferta de matéria-prima, as processadoras de suco de laranja aumentaram os valores frente à temporada 2020/21.
Na parcial da safra (de julho a 28 de dezembro/21), a média dos preços no spot foi de R$ 27,50/cx de 40,8 kg, colhida e posta na fábrica, alta nominal de 22,50% em relação ao mesmo período do ano passado. Vale lembrar, porém, que, dada a alta demanda industrial pela fruta, a maioria das laranjas do segmento foi negociada via contratos em 2021/22, reduzindo a participação do spot.
Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)