Conhecimento é considerado pelo pesquisador Aroldo Marochi, da Agro Marochi, como a chave para um bom manejo das lavouras e produtividade adequada da soja. “Respeitar os períodos, as doses, os intervalos e conhecimento em relação às características de solo, presença de chuvas e período de residualidade. Tudo isso faz a melhor dinâmica possível para você obter um bom estabelecimento da cultura e buscar o máximo do teto produtivo”, ressalta o especialista.
O momento atual exige conhecimento e atualização constantes. Fatores como o surgimento de plantas daninhas resistentes aos principais glifosatos, a entrada de novas tecnologias e anos com menor disponibilidade de produtos exigem cada vez mais dos produtores. Por isso, Marochi considera essencial entender sobre os produtos aplicados, inclusive os que foram utilizados na cultura anterior.
Nas plantas de difícil controle ou resistentes é comum a associação de produtos, aplicações combinadas e sequenciais. “Então, dentro dessas situações, a gente tem que entender qual é a consequência de cada produto, principalmente na cultura que você vai colocar na sequência”, destaca o especialista.
Cometer um erro nesse momento pode acarretar em danos irreversíveis e no carryover . Esse fenômeno ocorre quando um herbicida utilizado em uma cultura anterior afeta a cultura que irá suceder. Para evitar isso, conforme Marochi, é preciso entender as características do solo, a disponibilidade de água após a aplicação, o teor de matéria orgânica, a atividade biológica, a meia vida de cada produto e a interação desses produtos nas diferentes cultivares.
Além disso, dois cuidados são fundamentais. O primeiro é a limpeza de tanque, essencial para evitar perda de produtividade. O segundo é respeitar o período indicado pelas empresas para aplicação e plantio da soja.