Milho

Tempo seco paralisa semeadura da soja e plantio está em 88% no RS

A manutenção do tempo seco fez com que a semeadura da soja fosse praticamente paralisada na semana entre 06 e 12 de dezembro no Rio Grande do Sul. O plantio avançou apenas 3% e chega a 88% área total estimada. Na área implementada, 97% está em germinação e desenvolvimento vegetativo e 3% em fase de floração. Em relação ao milho, a área cultivada chega a 97%, enquanto o arroz alcança 98%. As estimativas foram divulgadas no Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (16/12) pela Gerência de Planejamento (GPL) da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“O período analisado foi caracterizado pela continuidade do tempo seco, predomínio de sol forte e temperaturas elevadas durante o dia com declínio ao anoitecer, presença de ventos e umidade relativa do ar muito baixa nos horários mais quentes”, informa o relatório. Desta forma, a a soja em implantação e consolidada não foram favorecidas. A ausência de umidade no solo afetou o desenvolvimento da cultura e praticamente paralisou a semeadura e os tratos culturais.

O plantio com o solo seco, com a expectativa de chuva, fez com que a semeadura chegasse a 95% nas regionais de Erechim e Passo Fundo. “Não são observadas perdas, embora haja germinação desuniforme e plantas irregulares” relata o documento.

Milho

O tempo seco vem se acentuando desde a segunda quinzena de outubro e resultando em efeitos negativos à cultura do milho. O cenário não chegou a ser alterado com baixos volumes de chuvas ocorridos em algumas localidades. A área cultivada chega a 97% do total estimado. Além disso, as condições do tempo têm acelerado o ciclo da cultura e em 7% dos cultivos já ocorre a maturação, outros 35% ainda está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 25% em floração e 33% em enchimento de grãos, de acordo com o Informativo.

Em regionais como a de Passo Fundo, Soledade e Erechim as condições climáticas seguem prejudicando a cultura. “As plantas estão com desenvolvimento paralisado, com aumento do murchamento de folhas, do caule, das espigas e dos grãos, com acelerada senescência de folhas”, explica o relatório. As perdas envolvem a redução do tamanho das espigas, redução do número e tamanho de grãos, emissão de espigas, inviabilização do pólen e morte de plantas. Nessas condições, os cultivos estão sendo eliminados para confecção de silagem para a alimentação animal, onde o milho está sendo colhido e ensilado antes do ponto ideal de corte para aproveitar a massa verde ainda existente.

As regionais de Santa Rosa e Passo Fundo registram perda de produtividade superior a 80% e 70%, respectivamente, em algumas lavouras. Nestes casos, produtores já encaminharam pedidos de Proagro aos agentes financeiros.

Arroz

Por outro lado, os cultivos de arroz estão sendo beneficiados pelas condições favoráveis de desenvolvimento. A cultura tem água disponível para todo o ciclo. O plantio da cultura no Estado corresponde a 98% da intenção projetada de 943.893 hectares. Destes, 95% está em germinação e desenvolvimento vegetativo e 6% em floração.