As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus ajustaram para baixo a previsão da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024, passando de 3,90% para 3,87%. Ressalta-se que a meta estabelecida para o mesmo período é de 3,00%.
A expectativa para a inflação nos preços administrados, sob controle contratual ou governamental, registrou leve queda de 4,30% para 4,29%, enquanto a projeção para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou ligeiro aumento de 4,06% para 4,08%.
Para o ano subsequente, 2025, as instituições mantiveram inalterada a previsão de inflação medida pelo IPCA em 3,50%, mantendo-se alinhada com a meta estipulada de 3,00%. A projeção para a inflação nos preços administrados em 2025 reduziu-se de 4,00% para 3,99%, enquanto a estimativa para o IGP-M cresceu de 3,98% para 4,00%.
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu constante em 1,59% para 2024, enquanto para 2025 permaneceu estável em 2,00%. O Banco Central prevê um crescimento de 1,7% para a economia brasileira em 2024, conforme indicado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.
Quanto à taxa básica de juros (Selic), as instituições financeiras mantiveram a previsão em 9,00% para o final de 2024, sugerindo uma expectativa de redução de 2,75 pontos percentuais (pp) ao longo do ano, considerando a taxa atual de 11,75%. Para 2025, a estimativa da taxa Selic permaneceu em 8,50%, mesma projeção feita há quatro semanas.
A projeção para a taxa de câmbio em 2024 foi revisada para baixo, passando de R$ 5,00 para R$ 4,95 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 permaneceu em R$ 5,00 por dólar. Quatro semanas atrás, as previsões eram de R$ 5,00 para 2024 e R$ 5,08 para 2025.
A projeção de superávit comercial para 2024 foi ajustada para cima, atingindo US$ 75,00 bilhões, comparada aos US$ 70,50 bilhões da semana anterior. A balança comercial, que mensura as exportações menos as importações, reflete esse aumento.
Em relação ao saldo em conta corrente, que engloba transferências, balança comercial, serviços e renda, a previsão manteve-se deficitária em US$ 40,30 bilhões, repetindo o resultado negativo da semana anterior. A projeção para o investimento direto em 2024 permaneceu estável em US$ 65,00 bilhões.
Para 2025, as instituições elevaram a projeção de superávit comercial para US$ 58,50 bilhões, ante os US$ 66,59 bilhões da semana passada. Quanto ao saldo em conta corrente, a expectativa é de um déficit de US$ 41,35 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 43,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2025 permaneceu inalterada em US$ 70,00 bilhões.