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Câmara setorial da cadeia produtiva de soja debate cenário da safra de grãos

Imagem de divulgação
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O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, Jorge Michelc, participou, nesta quinta-feira, 11, da 4ª reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, presidida pelo vice-presidente da Associação, André Dobashi.

Com a presença do secretário de políticas agrícolas, Neri Geller, e do assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Ernesto Augustin; representantes de diversas instituições públicas e privadas ligadas ao setor produtivo expuseram a estimativa e o cenário atual das lavouras de soja 2023/2024 em suas respectivas regiões.

Estados já consolidados como grandes produtores da oleaginosa, como o Mato Grosso e o Rio Grande do Sul, destacaram a quebra de safra prevista para este ciclo, em função da escassez e excesso de chuva, respectivamente.

Tema unânime entre os estados foi a dificuldade na geração de caixa das propriedades, o montante de recursos, a equalização e a subvenção do crédito rural disponibilizado aos produtores.

Considerando o possível encurtamento da janela ideal de plantio do milho na 2ª safra, provocado pelo atraso da operação inicial da soja na 1ª safra; a área cultivada e a produção do milho também poderão ser comprometidas, causando redução da receita dos agricultores e aumento dos custos da cadeia de produção de proteína animal. Essas questões justificaram a presença de representantes de entidades ligadas à produção de milho e indústria na reunião.

Na oportunidade, Michelc apresentou a estimativa de área, produção e produtividade de soja de Mato Grosso do Sul, com base na série histórica do estado.

Dobashi explicou que a estimativa geral de uma boa safra na América do Sul faz com que, apesar de uma quebra de safra no país, o produtor brasileiro experimente cotações reduzidas para a soja e o milho. “O produtor vai ter menos reais por saca produzidas nesta safra”, disse Dobashi, expressando uma das preocupações do setor produtivo.

Augustin afirmou que os assuntos debatidos nas Câmaras Setoriais são encaminhados ao Ministério e são tratados com muito critério. “Temos que dar as mãos para trabalhar juntos, e temos muito no que trabalhar”, afirmou o assessor.

Encaminhamentos:

Além da construção de um calendário de reuniões periódicas, ficou definido que as instituições de cada federação deverão compilar em um documento formal os dados compartilhados na oportunidade e enviar à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja e/ou do Milho. A partir disso, os documentos serão enviados ao MAPA, para que ações e medidas federais possam ser estabelecidas, buscando mitigar os riscos do setor produtivo.