Trigo

IBGE prevê queda de 2,8% na safra 2024

No terceiro prognóstico para a safra 2024, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 306,5 milhões de toneladas, com queda de 2,8% frente a 2023 (8,9 milhões de toneladas).

Divulgação IBGE

A analise divulgada pelo IBGE para cada cultura é:

ARROZ (em casca) – A estimativa para 2024 aponta para uma produção de 10,4 milhões de toneladas, decréscimo de 0,3% em relação ao 2º prognóstico, e crescimento de 1,6% em relação ao volume produzido em 2023. A área plantada deve crescer 3,7%; a área a ser colhida, aumentar 4,9% e o rendimento médio, cair 3,2%.

CAFÉ (em grão) – A estimativa para a produção de café, considerando os dois tipos: arábica e canephora (conilon), é de 3,5 milhões de toneladas, ou 58,9 milhões de sacas de 60 kg, um crescimento de 3,3% em relação ao que foi produzido em 2023.

Para o café arábica, a produção esperada é de 2.452,4 mil toneladas (40,9 milhões de sacas de 60kg), aumento de 3,6% em relação a 2023. A área a ser colhida cresceu 1,1% e o rendimento médio aumentou 2,4%. Em 2023, deveríamos ter uma bienalidade negativa para a produção do café arábica no País e uma redução na produção. Mas o clima beneficiou as lavouras em 2023 e o Brasil colheu uma produção de café arábica maior que na safra de 2022. Para 2024, não se espera que o clima seja tão favorável quanto foi em 2023.

Para o café canephora, a produção estimada é de 1.080,4 mil toneladas, ou 18,0 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 2,8% em relação ao volume produzido em 2023. A área a ser colhida e o rendimento médio apresentam crescimentos de 0,8% e 2,0%, respectivamente.

FEIJÃO (em grão) – O terceiro prognóstico para a produção de feijão para 2024, considerando-se as três safras, é de 3,1 milhões de toneladas, aumento de 0,1% em relação ao 2º prognóstico, crescimento de 4,2% em relação à safra colhida em 2023.

A 1ª safra deve produzir 1,0 milhão de toneladas; a 2ª safra, 1,3 milhão de toneladas e a 3ª safra, 715,7 mil toneladas. A produção estimada deve atender ao consumo interno de 2024, não devendo haver pressão nos preços do produto ao consumidor.

MILHO (em grão) – A estimativa para a produção de milho é de 116,9 milhões de toneladas, uma redução de 10,8% em relação a 2023 e de 1,4% frete ao prognóstico do mês anterior. Para o milho 1ª safra a produção estimada foi de 26,8 milhões de toneladas, declínios de 6,0% em relação ao 2º prognóstico e de 3,3% em relação ao produzido na mesma safra de 2023.

Para o milho 2ª safra, foi estimada uma produção de 90,1 milhões de toneladas, mantendo-se estável em relação ao 2º prognóstico e representando um declínio de 12,8% em relação ao ano de 2023. Os dados apontam queda nas áreas plantadas e colhidas de 4,4% e 4,3%, respectivamente, e de 8,9% na produtividade.

SOJA (em grão) – A terceira estimativa de produção, para 2024, apresentou um prognóstico de 97,2% dos dados levantados em campo, que trouxe em dezembro um reajuste positivo de 1,3% na produção nacional, indicando que a produção de soja deve apresentar novo recorde na série histórica do IBGE. A produção nacional da oleaginosa deve atingir 154,5 milhões de toneladas, superando em 1,7% o volume alcançado em 2023, representando mais da metade do volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no País em 2024.

SORGO (em grão) – A estimativa da produção do sorgo, para 2024, é de segundo o 3º prognóstico, é de 3,8 milhões de toneladas, decréscimo de 0,4% em relação ao 2º prognóstico, e queda de 12,1% em relação a 2023.

Divulgação da IBGE

A 12ª estimativa divulgada em 2023 para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas havia alcançado 315,4 milhões de toneladas, com alta de 19,8% (ou mais 52,2 milhões de toneladas) ante 2022 (263,2 milhões de toneladas), confirmando o recorde da série histórica, iniciada em 1975. A área a ser colhida foi de 77,8 milhões de hectares, crescendo 6,3% (ou mais 4,6 milhões de hectares) frente a 2022. Em relação à estimativa de novembro, a área a ser colhida cresceu apenas 15.346 hectares (0,0%).

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 93,1% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida. Em relação a 2022, houve acréscimos de 4,2% na área do milho (declínio de 2,1% no milho 1ª safra e alta de 6,2% no milho 2ª safra), de 7,6% na do algodão herbáceo (em caroço), de 28,2% na do sorgo, de 7,9% na do trigo e de 8,2% na da soja, ocorrendo declínios de 8,7% na área do arroz e de 7,0% na do feijão.

Na produção, ocorreram acréscimos de 27,1% para a soja, de 14,7% para o algodão herbáceo (em caroço), de 51,1% para o sorgo, de 19,0% para o milho, com aumentos de 9,1% no milho na 1ª safra e de 22,0% na 2ª safra, enquanto para o arroz em casca e para o trigo, houve decréscimos de 3,5% e 22,8%, respectivamente.

Para a soja, a estimativa de produção foi de 152,0 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 131,1 milhões de toneladas (27,7 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 103,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,3 milhões de toneladas; a do trigo em 7,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 7,7 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,3 milhões de toneladas.

Frente a 2022, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas cresceu nas cinco Grandes Regiões: Sul (21,6%), Centro-Oeste (23,2%), Sudeste (10,2%), Norte (24,5%) e Nordeste (6,1%). Frente à estimativa de novembro, houve altas no Sudeste (0,9%) e no Norte (1,2%), e recuos no Nordeste (-0,1%), Centro-Oeste (-0,1%) e Sul (-1,5%).