Milho

Área semeada de soja chega a 90% no Rio Grande do Sul

Segundo o informativo conjuntural da Emater a área semeada no estado chegou a 90% recuperando parcialmente o atraso, causado pelas condições adversas de excesso de chuvas e elevada umidade do solo, que impediram a correta deposição de sementes e a ampliação dos cultivos.

O progresso na cultura tem sido notável, especialmente nas plantações iniciadas após 15/11, onde as plantas estão crescendo vigorosamente, apresentando estrutura robusta com menor espaçamento entre trifólios e caules mais espessos. As áreas semeadas no início do período estabelecido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), entre 20/10 e 10/11, demonstraram uma recuperação significativa, exibindo uma boa emissão de folhas novas já desenvolvidas.

No âmbito da fitossanidade, os agricultores estão focados no controle de plantas invasoras; os desafios no manejo da buva estão levando muitos a adotar o preparo do solo com grade, devido ao alto custo e à baixa eficácia dos herbicidas. Contudo, essa prática acarreta riscos consideráveis de erosão, especialmente diante das intensas chuvas registradas, além de comprometer a estrutura do solo em relação à compactação e à porosidade. O monitoramento e a implementação de estratégias para prevenir e controlar a ferrugem asiática também têm recebido atenção concentrada.

Já a área de milho evoluiu pouco da semana passada para cá e agora alcança 89% da área semeada. Quanto ao desenvolvimento fenológico das lavouras, a fase preponderante é a do enchimento de grãos, abrangendo cerca de 38% das culturas, seguida pela etapa de maturação, que engloba aproximadamente 10%. As projeções de rendimento variam: enquanto parte das plantações mantém seu potencial inicial, outra parcela enfrenta possíveis reduções devido à incidência de pragas, doenças e/ou danos causados por eventos climáticos ao longo do ciclo de crescimento.

Já a cultura do arroz apresenta maior celeridade na semeadura em razão da melhoria das condições ambientais. Na Região Sul do Estado, a semeadura foi concluída, e se aproxima do final na Região Oeste. Na região Central, apresenta atrasos um pouco maiores.

A região de Bagé e Santa Maria tem 90% da área semeada.

Por último, a safra de feijão A sofreu pequena alteração em função do escalonamento de produção e pelo fato de a semeadura ainda estar incipiente nos Campos de Cima da Serra, que é a maior produtora do Estado, bem como onde o cultivo é realizado em apenas um ciclo. 

Na região de Frederico Westphalen, 10% das lavouras estão em floração; 30%, em enchimento de grãos; 50%, em maturação; e 10% foram colhidas. A expectativa de produtividade permanece em 1.920 kg/ha. Já na região de Santa Maria, a área plantada ultrapassou 85%, e a perspectiva é que novos plantios ocorram apenas durante a safrinha, entre janeiro e fevereiro de 2024.