A agência de avaliação de risco S&P Global Ratings anunciou ontem (19) o aumento da nota de crédito do Brasil de BB- para BB. Para Alexandre Gaino, professor de economia da ESPM, essa atualização terá um impacto direto na perspectiva de risco do país, abrindo portas para investimentos tanto a curto quanto a longo prazo e aumentando as expectativas para a economia brasileira.
“Essa perspectiva estável reflete a projeção de que o Brasil manterá uma posição externa robusta, alcançando um patamar de investimento semelhante ao que foi visto nos governos anteriores, como durante a gestão do presidente Lula.”
O especialista indica que a decisão de elevar o rating neste momento foi impulsionada pela aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária, mesmo que sua implementação aconteça gradualmente. Isso, no entanto, resultará em ganhos de produtividade a longo prazo.
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“Há uma preocupação relacionada às concessões e abertura de negócios que o governo poderá expandir. A agência alerta para possíveis impactos negativos, como a deterioração fiscal e um aumento na dívida pública, o que poderia reverter esse movimento e resultar em um rebaixamento da nota do Brasil. O governo precisa fazer sua parte e expandir essas concessões para que a melhoria no rating tenha um impacto positivo na atração de investimentos de longo prazo”, conclui Gaino.
