Abriu suas portas para a comunidade de Horizontina, no Noroeste do Rio Grande do Sul, o MEA – Memorial da Evolução Agrícola. Este complexo abrange mais de 64 mil metros quadrados e apresenta uma exposição de longa duração, altamente tecnológica e imersiva, retratando a trajetória do desenvolvimento agrícola no país.
O Memorial é um prédio que proporciona uma experiência singular, abrigando uma exposição de longa duração que combina pesquisa multidisciplinar rigorosa, espaços museográficos envolventes e tecnologia digital e sensorial de ponta. Os visitantes encontrarão salas meticulosamente montadas, exibindo equipamentos de época, painéis, vídeos e displays com grãos, ferramentas e maquinários tanto do passado quanto do presente.
Além disso, diversos espaços foram projetados para interação, permitindo aos visitantes tocar, manusear e até mesmo operar alguns equipamentos. Dois pontos de destaque são uma cabine de colheitadeira e uma de trator, equipadas com simulação em realidade imersiva, proporcionando aos visitantes a sensação de pilotar esses maquinários em meio a uma lavoura.
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Karina Muniz Viana, doutora em Museologia e Patrimônio e coordenadora Técnica e de Governança do Memorial, ressalta: “O MEA se destaca por abordar a agricultura como um processo ancestral na produção de alimentos, com múltiplas complexidades e camadas, evoluindo ao longo do tempo para incorporar processos manuais e tecnológicos”.
A narrativa do Memorial abraça questões históricas, sociais e regionais, explorando temas que vão desde a agricultura tradicional até as transformações no manejo do solo, como o Plantio Direto, incluindo visões de futuro. “Buscamos ser um importante polo de produção de conhecimento, unindo agricultura, arte, cultura, esporte, educação e meio ambiente para benefício da sociedade – não apenas de Horizontina e região, mas para todos interessados no tema e em referências de qualidade, em um ambiente propício para convívio e reflexão”, explica a especialista em museologia.
O projeto foi viabilizado com um orçamento total de R$ 73 milhões, sendo R$ 53 milhões provenientes da captação via Lei Rouanet, que incentiva a cultura. O terreno onde o complexo está situado, avaliado em R$ 14 milhões e ocupando quatro quarteirões na área central da cidade, foi doado pela John Deere Brasil. A SLC Agrícola complementou o investimento, junto com doações de pessoas físicas e jurídicas.
Todas as atividades são gratuitas e de classificação livre.
Horário de funcionamento do prédio Memorial: a partir de 15 de dezembro, de quarta a domingo, das 9h às 17h.
Horário de funcionamento da Área externa: a partir de 15 de dezembro, de terça a domingo, das 8h às 22h.
