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Abate de bovinos cresce 10,9% em 2023

Embora os abates tenham crescido, o peso médio das carcaças ficou 1,8% mais baixo, o que moderou um pouco o aumento da oferta de gado sobre a produção de carne bovina efetivamente, que aumentou 8,9%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados estratificados de abates e das produções de proteínas animais referentes ao terceiro trimestre de 2023. No caso da pecuária de corte, o total de gado abatido no terceiro trimestre foi de 8,9 milhões de cabeças, 12,2% maior sobre o terceiro trimestre do ano passado, ou seja, mantendo a tendência de expansão da oferta vista no primeiro trimestre 2023/22 (6,1%) e segundo trimestre de 2023/22 (12,2%).

Com isso, o total de gado abatido no acumulado anual até setembro cresceu 10,9%, enquanto a quantidade de fêmeas (vacas e novilhas) expandiu 23,7%. Aliás, nos três trimestres deste ano, o aumento dos abates de fêmeas superou os 20%, movimento típico em anos de baixa dos preços de bezerros no ciclo pecuário. Esta dinâmica reflete a desvalorização de 20,7% no preço do bezerro, em termos reais, no comparativo de janeiro a setembro de 2023/22. Neste mesmo período, o boi gordo (SP) desvalorizou 20,5%.

Embora os abates tenham crescido 10,9% no ano até setembro, o peso médio das carcaças ficou 1,8% mais baixo, o que moderou um pouco o aumento da oferta de gado sobre a produção de carne bovina efetivamente, que aumentou 8,9%.

Para o fechamento de 2023, ao combinarmos o crescimento da produção inspecionada com uma leve queda das exportações, o consumo aparente de carne bovina deve crescer até 13% em relação ao ano passado, o que significará um consumo per capita voltando para próximo dos 27 kg/hab/ano, o maior em três anos.

Com informações: opresenterural /Consultoria Agro Itaú BBA