Trigo

A semeadura da soja chegou a 84% no RS

Segundo dados do último informativo conjuntural da Emater a área semeada de soja no estado do Rio Grande do Sul chegou a 84%. O desenvolvimento da cultura evidenciou melhorias significativas com emissão mais rápida de folhas e aumento perceptível na área foliar. 

As lavouras afetadas pelos fenômenos climáticos apresentam boa recuperação de  crescimento. As lavouras semeadas a partir da segunda quinzena de novembro têm um aparecimento mais uniforme e desenvolvimento inicial das plantas dentro da normalidade, com folhas bem desenvolvidas desde o momento da emergência.

O monitoramento de doenças é constante, concentrado especialmente na ferrugem asiática, devido a germinação de sojas espontâneas da safra anterior, que apresentam sintomas da doença foram encontradas em várias regiões do Estado e com maior frequência na região Centro Oeste. Alguns produtores já estão iniciando os protocolos de aplicação de fungicidas em razão da proximidade do fechamento das entrelinhas nas primeiras lavouras implantadas.

Manoel Viana é a cidade com a semeadura mais avançada, superando 90% da área prevista.

As regiões de Erechim e Ijuí  apresentam um bom índice de semeadura, próximo de 90%, porém a presença expressiva de bufas preocupa os agricultores em Erechim. Em Ijuí há a presença de lagarta-rosca em certas lavouras, mas não há danos significativos até o momento.

Acerca da evolução do plantio, a região de Frederico Westphalen, está em 88%; de Passo Fundo, 85%; de Santa Maria, 80%; Santa Rosa, 87%; e Soledade, 93% semeados. As lavouras estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, considerados satisfatórios.

A respeito da semeadura do milho, a Emater estima que 88% das áreas já foram plantadas. O progresso da semeadura é mais lento porque alguns agricultores estão dando preferência ao plantio da soja ou os produtores já implantaram as lavouras planejadas, enquanto outros aguardam para complementar a área cultivada na safrinha. 

O aumento da radiação solar também favorece o desenvolvimento do milho e  a expressão do

potencial produtivo da cultura e ajudou a evitar uma redução, ainda maior, desse potencial em regiões previamente afetadas por eventos climáticos. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as primeiras lavouras implantadas estão em fase de maturação, abrangendo 4% dos cultivos. Em enchimento de grãos, representam 55%; em floração, 22%; e 19% estão em desenvolvimento vegetativo. 

Já na região administrativa de Erechim, 15% encontra-se em estado vegetativo, enquanto 85% está em fase reprodutiva. As precipitações mais reduzidas e maior luminosidade têm favorecido a polinização. 

Na de Frederico Westphalen, 5% da área está em germinação e em desenvolvimento vegetativo; 30%, em florescimento; 45%, em formação de grãos; e 20%, em maturação. 

Fechando as culturas de verão o arroz apresenta atrasos na semeadura, e aplicações de herbicidas e fertilizantes nitrogenados estão sendo feitas.

A região da fronteira Oeste apresenta mais lentidão no avanço da semeadura devido a grande cheia dos rios. Em Uruguaiana, estima-se que 97% da área total já tenha sido plantada, enquanto em São Borja, há um atraso mais significativo, com apenas 80% das lavouras semeadas. Em Barra do Quaraí, a estimativa é de 96% de lavouras plantadas, mas há a possibilidade de alguns produtores desistirem de concluir a semeadura por causa da época, que é considerada muito tardia para a cultura atingir produtividade satisfatória. Já a região de Dom Pedrito teve a semeadura concluída, pois as lavouras foram implantadas em outubro. 70% das áreas já possuem irrigação estabelecida.

A região de Pelotas já teve a semeadura encerrada, onde é cultivada a maior área na região, 67.652 hectares, e as lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, considerado adequado.

A região de Santa Maria apresenta 85% da área semeada e Soledade 95%.

Nas culturas de inverno, a colheita de trigo está tecnicamente encerrada, mas ainda há áreas remanescentes nas regiões dos Campos de Cima da Serra e Campanha, cuja colheita ainda depende de avaliação econômica.

A produtividade inicial estimada pela Emater/RS-Ascar era de 3.021 kg/ha e a revista, ao iniciar a colheita, é de 2.164 kg/ha. Contudo, os resultados ainda foram mais impactados pela baixa qualidade do produto obtido, com predomínio de grãos sem características adequadas à indústria de farináceos.

Na região administrativa de Bagé estima-se que, em 54% da produção, o PH apresentou-se abaixo de 76; em 27%, o PH situou-se entre 76 e 78; e apenas 19% apresentaram grãos de melhor qualidade, com PH superior a 78. Já na região administrativa de Caxias do Sul as áreas com melhor qualidade alcançam peso do hectolitro de no máximo 76. Na região de Ijui as primeiras analises revelam que apenas 5% do volume colhido apresenta PH superior a 78; aproximadamente 15% encontram-se na faixa de PH entre 76 e 78; e cerca de 80% possuem PH abaixo de 76. Por fim, na região  de Santa Rosa, aproximadamente nove milhões de sacas de trigo foram colhidas. Estima-se que 24% apresentem PH 78 ou superior; 38%, entre 75 e 77; 27%, entre 72 e 74; e 11%, classificados como triguilho.