Na última semana, o mercado interno de soja no Brasil experimentou uma redução na liquidez devido à significativa diferença entre os preços solicitados pelos vendedores e os valores oferecidos pelos compradores. Conforme observado por especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário reflete a postura cautelosa dos produtores de soja, que estão atualmente concentrados nas atividades agrícolas de campo. Além disso, eles estão preocupados com as condições climáticas irregulares que afetam o país e, consequentemente, não estão interessados em negociar grandes volumes no mercado interno.
Por outro lado, os compradores estão adotando uma postura de distanciamento em relação às aquisições, indicando que estão suficientemente abastecidos para o médio prazo. Esses demandantes também estão monitorando o excedente da safra 2022/23, que está em níveis elevados, e estão atentos à possibilidade de chuvas nas próximas semanas nas principais regiões produtoras. Esses fatores, por sua vez, aumentam as expectativas de uma safra recorde de soja na temporada 2023/24.
Essa diferença de perspectivas e o contexto de incertezas climáticas têm contribuído para a menor liquidez no mercado interno da soja no Brasil, tornando as negociações mais desafiadoras para ambas as partes envolvidas.
Notícias Relacionadas
Fonte: Cepea
