Milho

Apesar das chuvas, milho segue em implantação no RS

Estima-se que foram plantadas 44% das lavouras projetadas para a Safra 2023/2024.

Na região de Santa Rosa, o progresso na área plantada foi lento devido às precipitações, alcançando 77% da expectativa. Em algumas áreas, houve excesso de chuvas, que ocasionaram erosão de solo e lixiviação de nutrientes. Em alguns casos, houve alagamentos, levando à morte de plantas. As lavouras não afetadas cresceram bem em virtude da umidade e das temperaturas adequadas. Nas áreas recentemente implantadas, ainda há preocupação com a emergência das plântulas em função do selamento superficial, causado pela erosão laminar em áreas com solo revolvido. As chuvas reduziram a população de cigarrinha, mas os produtores continuam monitorando e planejam a aplicação de inseticidas preventivos.

De milho silagem, a safra 2023/2024 prevê o cultivo em 364.291 hectares de área e uma produtividade média de 39.088 kg/ha. Estima-se que tenha sido concluída em aproximadamente 20% da área planejada. A semeadura foi praticamente interrompida devido ao excesso de umidade nos solos e às dificuldades operacionais. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a estimativa de plantio de milho silagem é de 6.115 hectares, representando aumento de 18,96% em relação à área cultivada no ano anterior.

No arroz, o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga) projeta área de cultivo de 902.425 hectares. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.359 kg/ha. Os trabalhos de preparo de solo e dessecação para o manejo pré-plantio foram interrompidos em decorrência do grande volume de chuvas desde o início de setembro. Algumas áreas encontram-se submersas devido aos elevados volumes de precipitação acumulados, bem como às cheias nos cursos d’água próximos, o que provavelmente exigirá reparos em taipas danificadas pela força da água. Ainda na região de Bagé, embora o período preferencial de plantio se estenda até meados de outubro, os produtores com grandes áreas a serem implantadas estão preocupados em razão do risco de atrasos, causado pelas condições climáticas úmidas e pelas previsões de novos eventos de chuvas intensas nos próximos dias.

A cultura do feijão 1ª safra está no estágio inicial da semeadura, mas, em grande parte do Estado, essa etapa foi interrompida em razão de o solo estar excessivamente úmido. A quantidade de área já semeada é limitada, uma vez que o calendário de implantação varia de acordo com a região, sendo mais precoce em áreas que realizam a segunda safra. No entanto, na maior área projetada, localizada nos Campos de Cima da Serra, o plantio ocorre em período mais tardio, uma vez que essa região não cultiva safrinha subsequente. Para a Safra 2023/2024, projeta-se área de cultivo de 29.053 hectares. A estimativa de produtividade é de 1.775 kg/ha.

A cultura do milho está em implantação. Estima-se que foram plantadas 44% das lavouras projetadas para a Safra 2023/2024, que é de 817.521 hectares. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira, 14 de setembro,  pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do RS, a semeadura tornou-se impraticável em várias regiões, em decorrência da saturação do solo e das temperaturas mais baixas, condições inadequadas tanto para a semeadura quanto para o desenvolvimento inicial da cultura, que está em fase de emergência e desenvolvimento vegetativo. Nas regiões com prolongado excesso de umidade no solo, já se observam estresse nas plantas e dificuldades de realização de tratos culturais necessários, como a aplicação de herbicidas, de fertilizantes nitrogenados e de inseticidas.

Fonte/ Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Foto: José Schafer, Santa Rosa