Leite

Apesar de redução de 3,72% no índice de insumos para produção de leite cru, atividade ainda enfrenta custos elevados

A trajetória de queda dos preços dos grãos de milho e soja, justificada pela intensificação da comercialização da safra atual tem pressionando as cotações internas do país, impactando no Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) do mês de março, de acordo com o relatório da Assessoria Econômica da Farsul, divulgado na última semana da abril.

Embora a maioria dos produtos tenha apresentado alta, especialmente energia e combustíveis, o indicador foi suavizado e apresentou deflação no mês, registrando retração de 3,72% em comparação ao mês anterior.

O primeiro trimestre do ano passado foi marcado por uma forte aceleração do cenário inflacionário em virtude do início do conflito entre Ucrânia e Rússia, fazendo com que o ILC atingisse 12,98% no acumulado do ano em março de 2022. Já neste ano o movimento foi contrário, com uma deflação dos insumos fazendo com que o acumulado do ano em março de 2023 ficasse em -8,68%.

Em 12 meses, o ILC registrou deflação de 20,38%. O resultado não surpreende pois o pico inflacionário foi exatamente em março do ano passado. Porém, o documento destaca que os custos de produção seguem em um patamar demasiadamente alto em decorrência da estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul.

A falta de silagem gerou um aumento significativo no custo com alimentação animal. A expectativa é que o movimento na queda dos preços de soja e milho se mantenha até o final do primeiro semestre, fazendo com que o ILC siga em deflação ou com baixo crescimento no período.

Fonte: Sistema Farsul e MilkPoint.