Agronegócio

SC: sistemas agroflorestais aumentam renda de produtores rurais

Nos municípios de Siderópolis, Turvo e Praia Grande, no Sul Catarinense, a produção de banana consorciada com a palmeira-juçara e do café arábica sombreado por espécies nativas são exemplos bem-sucedidos da utilização dos Sistemas Agroflorestais (SAF) em propriedades rurais familiares na região litorânea. Essas experiências garantem renda ao produtor com a oferta de produtos diversificados, bem como contribuem para a conservação do solo e da água, promovem a biodiversidade no campo e minimizam a emissão dos gases de efeitos estufa.

Plantas de café em Turvo, sombreadas por espécies nativas | Foto: Luiz Vianna/Epagri

Quem assegura isso é o pesquisador da Epagri/Ciram Fábio Zambonim, coordenador da pesquisa que está identificando as experiências com Sistemas Agroflorestais em Santa Catarina para construir uma base de dados que vai subsidiar recomendações técnicas para a promoção desses sistemas de produção no Estado. “Os SAFs são considerados sumidouros de carbono, principalmente pelo estoque de carbono presente no componente arbóreo e no solo”, esclarece.

Fábio explica que os SAFs são definidos como formas de uso e manejo dos recursos naturais, nos quais espécies lenhosas (árvores, arbustos, bambus e palmeiras) são utilizadas em associações com cultivos agrícolas e/ou produção de animais, de maneira simultânea ou sequencial, para se tirar benefícios das interações ecológicas e econômicas resultantes.

“Por permitirem a produção agropecuária e geração de renda concomitantemente à oferta de serviços ecossistêmicos, os SAFs podem ser utilizados como estratégia para adequação ambiental de propriedades rurais familiares, como, por exemplo, a recuperação de margens de rios ou topo de morros cujo uso esteja em desconformidade com a legislação ambiental”, diz.

Fonte: Epagri