Agronegócio

Frente fria deve trazer chuvas ao RS entre quinta e sexta-feira

O sul do Oceano Atlântico ainda frio, tira a pressão de chuvas sobre o Sul do Brasil.

Nesta segunda-feira (21), houve algumas precipitações isolados e de fraca intensidade sobre o Rio Grande do Sul, principalmente, na metade leste e norte; eventuais pancadas também caíram sobre o Paraná, Santa Catarina e Paraguai. No entanto, a semana ainda continua sendo marcada por tempo aberto e sem previsões de chuvas.

Somente entre a quinta (24) e a sexta-feira (25), há possibilidade de que uma frente fria avance sobre o Sul do Brasil. Esse sistema deve provocar “chuvas um pouco mais generalizadas ao longo do final de semana sobre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Paraguai e sul do Mato Grosso do Sul”, informa o agrometereologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos.

Todavia, apenas na próxima semana, as chuvas tendem a ser realmente consistentes sobre o Paraná, Paraguai e sul do Mato Grosso do Sul; “quando essa frente fria, que vai provocar chuvas entre a quinta e a sexta no RS, chegar na região mais central do Sul”, explica.

Chuvas nas demais regiões

Para a região sudeste a tendência ainda é de chuvas apenas na forma de pancadas, principalmente sobre São Paulo. E em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo ainda se preveem dias chuvosos. “Os corredores de umidade continuam voltados para essa faixa do Brasil; e com isso, não só MG, RJ e ES terão uma semana marcada por chuvas, mas boa parte da região central do Brasil; ou seja, Rondônia, Mato Grosso, Goiás e norte do Mato Grosso do Sul ainda com chuvas diárias”, alerta Santos.

Somente mais no fim da última semana de fevereiro e na primeira semana de março o tempo volta a abrir nessa região. “Nos dias 27 e 28 é que começa a abrir o tempo sobre a região central e há possibilidades de que as chuvas parem de ser contínuas e fiquem na forma de invernadas”, ressalta.

La Niña

Contudo, apesar de estar em processo de enfraquecimento, a La Niña continua afetando o clima, e tira a pressão de chuvas sobre o Sul. O fato do “Atlântico Sul ainda se manter com temperaturas muito aquém do que deveria ser para essa época do ano […] não só a região central, como sudeste e centro-oeste, mantém uma condição de chuvas quase que diárias, atrapalhando consideravelmente a colheita da soja e plantio das lavouras de segunda safra de milho; mas a região do Matopiba e Pará também continuam com problemas graves devido às chuvas”, salienta o agrometereologista.

“Tocantins, Pará e Maranhão ainda continuam com chuvas quase que diárias, atrapalhando consideravelmente o dia-a-dia do campo. Dessa forma, elevando os percentuais de grãos avariados. Algumas regiões já estão há quase 30 dias de chuvas ininterruptas, isso realmente é um ano ímpar no cenário climático”, frisa.

Portanto, Santos considera as condições adversas de clima na América do Sul, como uma condição bastante peculiar pare este ano. “Já que a metade Sul do Brasil perde-se por seca e a metade norte perde-se pelo excesso de chuvas”, finaliza.