O Painel “Arrozeiros como produtores multissafras”, que é o tema central da 33ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas, abriu a programação de palestras do evento nesta terça-feira (14), na sede da Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado em Capão do Leão (RS). O protagonismo do Rio Grande do Sul na produção de arroz traz junto uma obrigação de buscar cada vez mais ferramentas para que o produtor se mantenha na atividade rural, explicou o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.
A decisão de ser um produtor multissafra vai muito além da escolha entre uma ou outra cultura, é necessário fazer a gestão dos negócios. “Uma empresa rural precisa devolver lucro e renda e talvez com apenas uma cultura isto não seja possível. […] A nossa decisão é um pouco além de uma decisão apenas agronômica, apenas técnica de produção e produtividade, mas é uma decisão de gestão do nosso negócio, conferindo estabilidade, margem e segurança, bem como colaborando para diluir todos os custos fixos que tem”, explicou o superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli.
Superar adversidades da lavoura de arroz
O produtor rural de Agudo (RS) e diretor da Federarroz Depressão Central, Jair Buske, comentou que tomou a decisão de se tornar um produtor multissafra a partir da safra 2009/2010 durante um El Niño severo. “Comecei com a rotação de culturas de 2010 para 2011, de forma segura, com um pouco de soja em um primeiro momento […] O conjunto de tudo tem nos dado uma rentabilidade. Seguramente hoje, com o milho e a soja, diminui os custos e aumentei minha rentabilidade”, concluiu enfatizando que cada ano tem sido um aprendizado e que tudo passa por manejo.
Com informações da colheitadoarroz.com.br