Suínos

Carne suína encerra o ano com mercado aquecido no Sul do Brasil

Japão e Singapura também intensificaram as importações da carne brasileira no último mês do ano, quando importaram, respectivamente, 3,5 mil toneladas e 4,3 mil toneladas.

Com a proximidade das festas de fim de ano em dezembro, os preços do suíno vivo e da carcaça reagiram, sobretudo a partir da segunda semana do mês, impulsionados pelo aumento da procura por carne suína.

A procura aquecida por carne suína impulsionou os valores do animal vivo no mês de dezembro em todos os estados do Sul do País. Portanto, o valor do animal subiu 3,6% no Oeste Catarinense (SC), indo a R$ 7,04/kg no último mês. Já no Norte do Paraná (PR), o suíno foi negociado a média de R$ 7,28/kg, alta de 3,4%. E na Serra Gaúcha (RS), o preço avançou 3,4%, indo a R$ 7,16/kg.

Exportações

Após recuarem em novembro, as exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e industrializados) registraram movimento de recuperação em dezembro, impulsionadas pela intensificação das compras de países asiático, sobretudo da China.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram escoadas 101,1 mil toneladas da proteína no último mês de 2022. Uma alta de 10,1% em relação a novembro e ainda 14,7% superior ao volume exportado em dezembro/21.

A receita obtida também subiu, somando R$ 1,3 bilhão em dezembro, 9,4% acima da registrada em novembro, ou seja, expressivos 23% superior à arrecadada no mesmo mês de 2021. Quanto ao montante total arrecadado no ano de 2022, o setor suinícola nacional faturou R$ 13,1 bilhões, 6,8% abaixo do auferido em 2021.

No acumulado de 2022, foram escoadas 1,10 milhão de toneladas de carne suína, quantidade 1,7% menor que a embarcada em 2021. Esse resultado está relacionado à retração das compras por parte da China ao longo do período. O país asiático adquiriu 460,2 mil toneladas da carne brasileira, volume 13,8% inferior ao de 2021. Apesar dessa retração no acumulado de 2022, em dezembro, a China registrou o melhor desempenho do ano, importando 53,5 mil toneladas da proteína brasileira. Volume 25,2% superior ao adquirido em novembro e significativos 79,6% acima do registrado em dezembro/21. Esse movimento, por sua vez, está atrelado ao elevado preço da carne no mercado interno daquele país.

Além disso, Japão e Singapura também intensificaram as importações da carne brasileira no último mês do ano, quando importaram, respectivamente, 3,5 mil toneladas e 4,3 mil toneladas, avanços de 32,9% e de 52,8% frente a novembro.

Relação de troca

Para os principais insumos consumidos na atividade, milho e farelo de soja, os preços também subiram, mas de forma menos intensa que a registrada para o animal. Nesse cenário, o poder de compra dos suinocultores de São Paulo e de Santa Catarina frente a esses insumos cresceu em dezembro.

Em Chapecó, o suinocultor pôde adquirir 4,58 quilos de milho com a venda de um quilo de animal, 3,7% acima da quantidade de novembro. De farelo de soja, foi possível ao produtor a compra de 2,58 quilos com a venda de um quilo de suíno, volume 1,8% superior ao do mês anterior.

Fonte: Cepea