O processo para uma semente genética ser comercializada leva no mínimo quatro anos
A Seção de Produção de Sementes do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) está realizando a multiplicação da semente genética das cultivares desenvolvidas pela autarquia. Na tarde de quinta-feira (11) foi a vez da próxima cultivar a ser lançada pelo instituto, a IRGA 426 CL.
O processo para uma semente genética chegar à lavoura de grão comercial leva no mínimo quatro anos. O objetivo é entregar aos produtores uma semente certificada com excelente germinação, livre de espécies nocivas, com sanidade e com as características genéticas idênticas à cultivar desenvolvida.
Transplante
A multiplicação é realizada por um sistema diferenciado, através do transplante de mudas (foto 1). “Esse processo exige um preparo e manejo diferenciado dos blocos, buscando proporcionar um ambiente ideal para as mudas se fixarem e se desenvolverem após transplantadas”, explica o pesquisador Gustavo Campos Soares, responsável pela certificação.
As sementes inicialmente são semeadas em caixas e mantidas em um viveiro até atingirem o porte ideal para a realização do transplante, quando alcançam aproximadamente 12 centímetros (foto 2). Com o sistema de transplante de mudas consegue-se a produção de sementes de alta qualidade, mantendo as características genéticas idênticas às da cultivar desenvolvida.
Devido ao espaçamento de 30 centímetros entre linhas e 20 centímetros entre covas na linha, onde cada cova recebe três mudas (foto 3), fica facilitada a prática do roguing, que consiste na eliminação de plantas fora do padrão e plantas daninhas. Essa tarefa é efetuada semanalmente por uma equipe capacitada para realizar todas as etapas do sistema de produção de mudas (fotos 3 e 4).
Comercialização
Após o controle de qualidade nos blocos de multiplicação e no beneficiamento, essas sementes serão multiplicadas na categoria de semente básica, com o objetivo de se obter um maior volume de sementes. A certificação se dá seguindo padrões estabelecidos nas Instruções Normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para então na próxima safra serem multiplicadas nas categorias Certificada de Primeira Geração (C1).
Na safra seguinte, essas sementes serão sementes Certificadas de Segunda Geração (C2). As sementes certificadas das categorias C1 e C2 serão disponibilizadas para comercialização aos produtores de grão comercial.
Fonte: IRGA