Milho

Suprimento de milho para alimentar plantel de animais em SC não foi preocupação em 2022

O segundo semestre foi marcado por uma elevação gradativa das cotações do cereal no mercado nacional.

Apesar de alguns percalços pelo caminho, o ano de 2022 não trouxe maiores preocupações quanto ao suprimento do grão para alimentar o plantel de animais em Santa Catarina, de acordo com o analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias. A demanda de milho grão para alimentar animais no Estado supera 7,5 milhões de toneladas ao ano. Contudo, “a produção da segunda safra no Brasil e Paraguai supriu as demandas pelo cereal para a crescente produção de proteína animal no território catarinense”, explica o analista.

O primeiro trimestre de 2022 teve registros recordes de preços pagos ao produtor de milho no mercado nacional, só “em março, as cotações alcançaram R$100,00 por saca”, relata Elias. De abril a julho, as cotações tiveram forte recuo, ficando abaixo de R$80,00 a saca. “A situação do momento refletia a expectativa de uma boa segunda safra no Brasil, o que se confirmou”, aponta o especialista. A segunda safra de milho no Brasil ficou em cerca de 85 milhões de toneladas.

Estimativas

O segundo semestre foi marcado por uma elevação gradativa das cotações do cereal no mercado nacional. Tal crescimento foi alimentado pela evolução do volume de exportações do cereal. As estimativas apontam que, ao final de 2022, o Brasil tenha exportado 42 milhões de toneladas de milho.
No Boletim Agropecuário de dezembro a Epagri/Cepa estimou que na safra 2022/23 Santa Catarina produza 2,61 milhões de toneladas de milho. A estimativa inicial era de que o Estado produzisse 2,7 milhões de toneladas, mas alterações na área cultivada e na produtividade puxaram a expectativa para baixo. Fatores climáticos influenciam nessa queda estimada.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve registrar uma safra de 125,8 milhões de toneladas de milho, aumento de 11,2% em relação ao ciclo agrícola anterior. A previsão é de que a produção mundial de milho seja menor, com uma possível redução na Ucrânia, Rússia e União Europeia.

Fonte: Epagri/Cepea