Os preços do arroz em casca começaram novembro firmes, conforme apontam dados do Cepea. Esse cenário está atrelado à maior demanda doméstica e tem sido observado mesmo com o baixo ritmo de negócios efetivos nos últimos dias – visto que produtores estão resistentes.
De 31 de outubro a 8 de novembro, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) subiu 1,4%, encerrando a R$ 81,28/sc de 50 kg no dia 8.
Exportações
Os embarques do arroz brasileiro em base casca atingiram volume e receita recordes em outubro/22, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Segundo a Secretaria, o Brasil exportou 387 mil toneladas do cereal, superando o volume mais alto da série até então, de 316,24 mil toneladas, registrado em junho de 2020. A receita, por sua vez, totalizou o também recorde de US$ 122,54 milhões em outubro deste ano.
Projeção
Com uma área estimada em 1,5 milhão de hectares e uma recuperação da produtividade média saindo de 6.667 kg/ha para 7.012 kg/ha, uma vez que a safra passada foi marcada pela estiagem no Sul do país, a safra do cereal está estimada em 10,6 milhões de toneladas.
Diante disso, o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma queda do consumo nacional de arroz. Isso ocorre em razão da perspectiva de recuperação econômica, dado o fato de o arroz possuir uma elasticidade-renda negativa.
Além disso, diante de um cenário de menor disponibilidade do grão e tendência de melhores preços internos. As estimativas de exportação também diminuíram para 1,3 milhão de toneladas. Com isso, a perspectiva é de leve retração do estoque de passagem para 2,0 milhão de toneladas ao final de 2023.