As negociações do milho e do complexo soja estiveram lentas no mercado interno ao longo da última semana. Este cenário se deve aos bloqueios em rodovias brasileiras, ao aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e às incertezas quanto ao escoamento de grãos pelo Mar Negro.
Os preços do milho voltaram a recuar no mercado brasileiro na semana passada, devido ao baixo ritmo de negócios. As paralizações dificultaram o escoamento do cereal e levaram consumidores a utilizar a mercadoria em estoques, em detrimento de realizar novas aquisições.
Além disso, as cotações internacionais, que vinham dando suporte aos valores nos portos brasileiros, também recuaram, influenciados pela retomada das exportações de grãos por meio do Mar Negro. Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário internacional reforçou a desvalorização no Brasil.
Soja
Contudo a demanda externa pela soja brasileira segue firme. Problemas logísticos nos Estados Unidos, em decorrência do baixo nível do Rio Mississipi, levaram demandantes internacionais ao Brasil. Assim, segundo dados da Secex, o Brasil enviou à China 3,23 milhões de toneladas de soja em outubro, volume 25% acima do escoado em setembro e 22,7% superior ao do mesmo período de 2021. A todos os destinos, o Brasil embarcou em outubro 4,06 milhões de toneladas de soja, 23,41% a mais que em outubro/21.