Economia

Agronegócio apresenta saldo negativo de 7,2 mil postos de trabalho no RS

O agronegócio do Rio Grande do Sul registrou saldo negativo de 7.207 postos de trabalho com carteira assinada no segundo trimestre de 2022. O resultado é esperado para o período em função da sazonalidade da produção agrícola, que gera um movimento de desmobilização da mão de obra a partir de abril. No mesmo período de 2021 a baixa foi de 6.506 empregos. Os dados e a avalição são do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado hoje (11) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

Nos três primeiros meses do ano o saldo foi mais negativo na comparação com o ano anterior em função do desempenho dos setores de fabricação de produtos do fumo, das lavouras temporárias e de fabricação de máquinas agrícolas.

Entre os três segmentos que constituem o agronegócio, “antes”, “dentro” e “depois” da porteira, apenas o antes, formado por atividades de fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, registrou saldo positivo (1.320 postos) no segundo trimestre. O segmento dentro, constituído pelas atividades agropecuárias, liderou a perda de postos (menos 5.152 empregos), seguido do depois, com predomínio das atividades agroindustriais, que registrou perda de 3.375 postos de trabalho.

O setor de abate e fabricação de produtos de carne, principal empregador do agronegócio no Estado, fechou o segundo trimestre de 2022 com um contingente de 66.462 empregos com carteira assinada, ante os 67.289 postos do mesmo período de 2021.

No acumulado do primeiro semestre, o saldo da criação de postos de trabalho com carteira assinada foi positivo em 13.931 vagas no período, abaixo dos 19.967 dos seis primeiros meses do ano passado. Na comparação com o conjunto da economia gaúcha, que até junho contou com saldo de empregos de 74.480 postos, o agronegócio representou 19% do saldo total de empregos formais gerados.

Em junho de 2022, o estoque de empregos (vínculos ativos) com carteira assinada no agronegócio do Rio Grande do Sul era de 364.748 vínculos. No encerramento do semestre, o salário médio real das admissões no agronegócio gaúcho era de R$ 1.713,64, valor 2% inferior ao registrado em 2021 e 3,7% abaixo da média do total das admissões no Rio Grande do Sul.

Fonte: SPGG