Os preços da soja no mercado brasileiro iniciaram a semana com certa estabilidade, mas com tendência de baixo volume de negócios. Os contratos futuros em Chicago tiveram baixa de 19 cents, a U$ 17,26/julho ontem (13), pressionando a oleaginosa no país. Contudo, o câmbio em alta tem suportado os indicadores.
Os prêmios perderam força nos últimos dias e são indicados na faixa entre 100/120 cents. Indicações de compra entre R$ 194,00/195,00 no oeste de Santa Catarina; entre R$ 201,00/203,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.
Esse cenário, limitou o impacto positivo nos preços oriundos do clima desfavorável ao cultivo da soja nos Estados Unidos. De acordo com a Granoeste Investimentos, o mercado também está em alerta quanto aos rumores de um possível retorno do lockdown em importantes centros produtivos da China; assim como a relativa neutralidade do relatório mensal de oferta e demanda.
Segundo o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial desta temporada foi elevada em 2,6 milhões de toneladas, ou seja, para 352 milhões de toneladas. A estimativa aponta ligeiro aumento na safra 2022/23, chegando a 395,4 milhões de toneladas. O consumo mundial é previsto em 378 milhões de toneladas, uma alta de 3,6%.
Óleo vegetal
As preocupações com a possível menor oferta de óleo de palma na Ásia, a valorização do petróleo e a firme demanda mundial por óleo de soja impulsionaram as cotações no Brasil na semana passada. Nesta semana os agentes seguem em alerta quanto a safra de soja nos EUA, aos desdobramentos da guerra no leste europeu e na possibilidade de escoamento da produção agrícola ucraniana.
Para refrear as altas nos preços do óleo de cozinha a Indonésia interrompeu os embarques do produto e alguns derivados no dia 28 de abril. A proibição abalou os mercados globais de óleo vegetal, já afetados pela remoção de parte do fornecimento de óleo de girassol oriundos da Ucrânia.
Após o preço sair de 19.800 rúpias por litro em abril, para aproximadamente 17.200 a 17.600 rúpias por litro, o governo indonésio revogou a proibição de exportação no dia 23 de maio. É importante frisar que o óleo de palma representa mais de um terço do mercado mundial de óleo vegetal; e a Indonésia responde por cerca de 60% do fornecimento do óleo de palma.